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Polícia Civil prende 17 pessoas e apreende 10 fuzis em operação na zona norte do Rio

A Polícia Civil realizou uma operação que prendeu 17 pessoas, nesta sexta-feira (19), no Complexo de Israel, na  zona norte do Rio. Muitos tiros foram registrados, e motoristas que passavam pela avenida Brasil, na altura de Parada de Lucas, foram obrigados a se deitar entre os veículos.

Bunker em ONG onde 10 traficantes foram presos tinha porta automática, dois cômodos e saída para fuga. Segundo a Polícia Civil, a ONG que funcionava na favela de Parada de Lucas, na Zona Norte, era uma fachada do tráfico. Responsável pelo local é ex-traficante e segue sendo investigado.

A operação da Polícia Civil na comunidade de Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, localizou um bunker do tráfico daquela região. O local foi construído no terreno de uma ONG, que segundo os investigadores é de fachada. No local, 10 traficantes foram presos e um arsenal com fuzis, pistolas e granadas foi apreendido.

A operação foi realizada depois que as investigações apontaram que traficantes de outras comunidades, também lideradas por Alvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, haviam se reunido no Complexo de Israel para se proteger de possíveis ataques de facções criminosas rivais e até mesmo planejar invasões a comunidades vizinhas.

O setor de inteligência da polícia encontrou os criminosos escondidos em um prédio utilizado para ações sociais. Além de feitas as prisões, dez fuzis, uma arma de calibre .50 e uma grande quantidade de munição, granadas e drogas foram apreendidas.

Um morador da comunidade de Vigário Geral, que faz parte do complexo, foi baleado na perna durante a ação. Não há registro de outros feridos ou mortos. Todo o material recolhido foi levado para a Cidade da Polícia.

No bunker em Parada de Lucas, 10 traficantes foram presos e um arsenal com fuzis, pistolas e granadas foi apreendido. – Foto: Divulgação

ONG de fachada

De acordo com os detalhes divulgados pela Polícia Civil, o bunker do tráfico foi construído nos fundos do terreno onde funcionava uma Organização Não Governamental (ONG).

“Dez foram presos dentro do bunker. Eles estavam nos fundos da construção. Você entrava na ONG, passava por um ginásio. Um local de atividades típicas de ONG, e ao final tinha um corredor. Seguindo o corredor, virava à direita e atras havia sido feito uma obra. Uma parede falsa dava acesso a um cômodo, onde estavam dez traficantes, com todo armamento”, explicou Marcos Amim.

Os investigadores disseram que o esconderijo foi construído com conhecimento dos responsáveis pela ONG. Os policiais disseram não ter dúvidas que a ONG e seus donos trabalham para o tráfico de drogas da região.

“Foi uma obra de grande vulto. Impossível de se fazer sem que houvesse nuance daqueles responsáveis por essa ONG de fachada. Agora temos materialidade para se colocar no papel que o responsável principal da ONG, que se dizia ter largado o tráfico de drogas, ainda faz parte do narcotráfico. Ele ainda é uma peça fundamental para a organização criminosa”, disse o delegado da DRE.

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