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Polícia Federal prende suspeitos de serem os mandandes do assassinato de Marielle Franco

Marielle Franco – Nunah Alle/Midia Ninja/Flickr

Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.

Operação acontece na manhã deste domingo (24) e prendeu Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão (União-RJ), deputado federal do RJ, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

Foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

Também foram expedidos mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.

Os investigadores ainda trabalham para definir a motivação do crime. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com expansão territorial de milícia no Rio.

Ao aceitar o acordo de colaboração com a PF, Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime.

Os investigadores decidiram fazer a operação no início deste domingo surpreender os suspeitos. Informações da inteligência da polícia indicava que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após do STF homologar a delação premiada de Ronnie Lessa.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Uma operação conjunta formada pela Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu as prisões, neste domingo.

A operação recebeu o nome de Operação Murder, que significa “assassinato”. Os investigadores explicaram que Murder Inc. foi uma associação de crime organizado que agiu como braço armado de execuções a serviço das máfias de Nova York nos anos 1930.

De acordo com informação divulgada pela PF, foram presos os “autores intelectuais dos crimes de homicídio”. O nome dos mandantes foi revelado pelo ex-policial Ronie Lessa, em acordo de delação premiada. Como Chiquinho Brazão é deputado federal, possui foro privilegiado e, por isso, o caso foi parar na Suprema Corte.

A polícia ainda está nas ruas para cumprir mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.

A investigação entende que o caso Marielle foi de execução, devido ao trabalho da parlamentar. O motorista Anderson Gomes também morreu no episódio, ocorrido em março de 2018.

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de mandar matar Marielle Franco – Foto: Reprodução

Em uma publicação no X (ex-Twitter), Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, disse que “hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos”.

“Agradeço o empenho da PF, do gov federal, do MP federal e estadual e do Ministro @alexandre. Estamos mais perto da Justiça!”, completou.

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