Porteiras fechadas prejudicam manutenções na rede elétrica de Goiás
Dificuldade no acesso a propriedades rurais e entradas negadas comprometem em 30% trabalho da Equatorial nessas localidades
As manutenções na rede elétrica da zona rural de Goiás esbarram em um entrave cada vez mais comum no interior do estado e, agora, também em maior número em Goiânia e Região Metropolitana: porteiras fechadas em propriedades rurais e entradas negadas em condomínios de chácaras. O acesso dificultado a esses locais, até mesmo negado pelos proprietários, prejudica o trabalho das equipes e aumenta o tempo que os clientes ficam sem energia em casos de ocorrências emergenciais. Desde o começo do ano, se comparado com o mesmo período de 2023, esses casos impactaram em até 30% o andamento das ações de manutenção na rede elétrica na zona rural.
Para se ter uma ideia, na região Metropolitana dimensionada pela Equatorial Goiás, que compreende 28 municípios do entorno da capital, apenas as equipes responsáveis pelas ações de limpeza de faixa nas redes rurais visitam, em média, entre 12 e 15 propriedades rurais por dia. Elas encontram impedimento ou limitação de acesso, em média, de até cinco destas propriedades, ou seja, mais de um terço do total.
Como a rede elétrica é extensa principalmente no campo, passando por fazendas, rios e matas, o trabalho para retomada no fornecimento acaba sendo mais complexo em alguns casos. Somente no ano de 2024, na região Metropolitana, a concessionária precisou suspender 611 atendimentos de ocorrências por falta de energia no período da noite porque as porteiras estavam trancadas, provocando assim demora no atendimento e insatisfação dos clientes.
De janeiro até 26 de junho deste ano, a companhia realizou a limpeza de milhares de quilômetros de faixas de servidão em todo o estado, ou seja, efetuou poda de vegetação sob o trajeto das redes de distribuição de energia. Cuidar desses espaços é fundamental para evitar as interrupções no fornecimento de energia dos produtores rurais. O trabalho também facilita o acesso das equipes em caso de ocorrências. Porém, tem sido cada vez mais difícil avançar com rapidez nestas ações.
“As equipes de manutenção encontram dificuldades no acesso às propriedades rurais e, sobretudo, em condomínios de chácaras para realizar atividades de manutenção na rede elétrica. Essa situação gera deslocamentos improdutivos e prejudica os avanços na execução dos planos de manutenção, tão essenciais neste período que antecede a chegada das chuvas em Goiás”, alerta o gerente técnico de Manutenção e Automação da Equatorial Goiás, Jurandir Alves.
Entre os trabalhos que são realizados nesses locais pelas equipes da distribuidora estão substituição de equipamentos imprescindíveis para o funcionamento adequado da rede elétrica como isoladores, para-raios, trocas de postes, podas de árvores, limpezas de vegetação na faixa de servidão e troca de itens antigos por novos, mais modernos e eficientes, que vão garantir mais confiabilidade ao sistema. “A inviabilidade do acesso, tanto por impedimento quanto pela não autorização de entrada pelo proprietário, prejudica o avanço do plano de manutenção em até 30% em alguns segmentos. Infelizmente tem se tornado um cenário recorrente. Existe uma incompreensão dos proprietários em relação à relevância da ação de manutenção das redes elétricas, para o próprio interesse do proprietário, assim como também para um coletivo relevante, na maior parte dos casos”, salienta Jurandir.
Orientadas para atuar na busca pela solução e garantir a viabilização do acesso, as equipes apostam no esclarecimento das ações com os clientes, seja por meio de visita e interação direta com o proprietário ou responsável como por longas caminhadas na tentativa de obterem autorização de entrada. A concessionária conta também com o apoio de sindicatos rurais pelo estado que ajudam a reforçar a conscientização dos produtores. A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) é uma das parceiras deste trabalho de orientações. “Caso não tenham êxito do encontro presencial com o agricultor, um comunicado é deixado na divisa da instalação com acesso trancado, informando que estivemos no local e do nosso interesse e necessidade do sistema. E que buscamos uma solução com agendamento de data e horário para retorno e execução da atividade. No entanto, muitas vezes não temos êxito”, lamenta.
Jurandir destaca ainda que todo o cronograma realizado pelas equipes em campo é feito em conformidade com a legislação vigente e demais normativas aplicáveis da própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As licenças e autorizações pertinentes, inclusive, são apresentadas aos proprietários. “Precisamos de compreensão e entendimento de que estas ações são essenciais para que o fornecimento do serviço seja de qualidade e avance cada dia mais no estado de Goiás”, reforça.
Reconstrução do sistema elétrico
Em 2023, a Equatorial Goiás investiu mais de R$ 2 bilhões na recuperação do sistema elétrico do Estado. O resultado totaliza 426.500 obras entregues, 11% a mais do planejado em obras como manutenção preventiva, limpeza de faixa, criação de novas redes de média tensão, podas de árvores, trocas de equipamentos, manutenções e modernizações de subestações.
A companhia ressalta que o desafio pela reconstrução da rede de Goiás continua. Em 2024, o foco se mantém na recuperação do sistema elétrico e num ritmo constante de ações e investimentos. Todo esse trabalho pode ser acompanhado em tempo real no site do Trabalhômetro: https://trabalhometro-equatorialgo.com.br/
Até o fim de 2024, milhares de obras devem sair do papel para que os goianos possam sentir, ainda mais, os efeitos do trabalho de reconestrução do sistema elétrico. A distribuidora intensifica, durante o período de seca, podas preventivas em toda rede, troca de equipamentos e inspeções detalhadas no sistema. Os esforços são constantes para reverter o cenário, que era de abandono, em uma verdadeira transformação da rede de distribuição em Goiás.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Grupo Equatorial