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Presidente Lula decreta ação emergencial interministerial para intervenção na área indígena Yanomami em Roraima

Segundo o governo mais de 500 crianças Yanomami morreram com contaminação de mercurio, desnutrição e fome devido o impacto do garimpo ilegal na região. A força tarefa e composta do Ministério do Povos Indígenas, Secretária Especial de Saúde Indigena e a Funai vão comandar as ações com apoio dos Ministérios da Justiça, do Planejamento, do Orçamento, da Saúde e do Desenvolviemnto Social.

Ainda nesta sexta, o presidente Lula (PT) decretou a criação Comitê de Coordenação Nacional para discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população. O plano de ação deve ser apresentado no prazo de quarenta e cinco dias, e o comitê trabalhará por 90 dias, prazo que pode ser prorrogado. 

De acordo com a portaria, será estabelecido e mobilizado o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE – Yanomami) como mecanismo nacional da gestão coordenada da resposta à emergência no âmbito nacional. A gestão do COE estará sob responsabilidade da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), em caráter de emergência.

O presidente Lula vai a Roraima neste sábado (21) para tratar sobre a crise sanitária na saúde na Terra Yanomami. A previsão é que ele chegue a Boa Vista às 9h30 (10h30 de Brasília). 

Lula deve visitar dois Distritos Sanitários – há dois em Roraima: o Yanomami e o Leste, responsável pela saúde dos indígenas que não são do povo Yanomami. Os demais detalhes da visita ainda estão sendo fechados pela equipe da presidência.

(crédito: Condisi-YY/Divulgação)

Diagnóstico da situação dos indígenas

Na segunda-feira (16), o Ministério da Saúde enviou uma equipe multidisciplinar para a Terra Indiígena Yanomamina floresta amazônica, com o objetivo de fazer um diagnóstico sobre a situação da saúde dos indígenas e, a partir daí, traçar as ações para enfrentar a crise sanitária vivida na região.

Localizado nos estados de Roraima e Amazonas, o território é alvo de garimpo ilegal, que acarreta diversas mazelas para os habitantes – em torno de 30,4 mil.

Crianças yanomami sofrem com desnutrição — Foto: Júnior Hekurari/Arquivo Pessoal

Casos de desnutrição e malária são muito comuns na população local, que sofre ainda com a falta de atendimento médico regular. Estudo do Unicef (braço da Organização das Nações Unidas para a infância) e a Fiocruz aponta que oito em cada dez crianças menores de 5 anos têm desnutrição crônica – nas regiões de Auaris e Maturacá – dentro da terra indígena.

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