Polícia

Preso por abuso e sequestro de menina em mala fez campanha contra pedofilia

O Daniel Moraes Bitta investigado por sequestrar, dopar e estuprar uma menina de 12 anos no Distrito Federal, fez postagens endossando campanhas contra a pedofilia nas redes sociais semanas antes de ser preso.

O suspeito usava as redes sociais para publicar posts contra a pedofilia. O analista de TI também divulgava as poesias que escrevia e compartilhava uma rotina de leitura, tendo inclusive publicado um livro de contos literários. Durante a prisão do criminoso, a polícia encontrou objetos sexuais e diversos materiais pornográficos.

O analista de TI é investigado por raptar a criança no entorno do Distrito Federal e levar para o apartamento dele na Asa Norte, em Brasília. Ele foi preso, em flagrante, por volta das 23h30 de quarta-feira (28), segundo a Polícia Militar.

Em publicação de outubro de 2022, ele compartilhou uma imagem com referência e crítica a uma fala dita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. À época, o ex-presidente disse que “pintou um clima” em um encontro com adolescentes venezuelanas que estavam no local “pra fazer programa”.

Outra postagem traz uma foto de um broche da campanha “Faça Bonito”, de Mobilização de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. O símbolo é uma flor amarela e o slogan é “Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes”.

Nas redes sociais, ele publica textos autorais, muitos deles com a temática da infância e cita crianças. Após as notícias, as pessoas passaram a atacar o homem em diversas publicações.

O crime

A vítima foi achada seminua, com diversas escoriações pelo corpo e algemada pelos pés.

Ela relatou que o homem usou uma faca para rendê-la, e que uma mulher teria colocado um pano com uma substância para dopá-la.

A polícia suspeita que o homem tenha gravado o estupro. Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia.

O suspeito era servidor do BRB (Banco de Brasília), mas foi demitido após a prisão e repercussão do caso. A instituição confirmou a demissão à reportagem. No LinkedIn, ele informa que atuava havia oito anos no banco, como analista de TI.

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