Procurador da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, é preso após matar morador de rua

Corpo de Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, morto com um tiro no rosto na noite de quarta-feira, 9
Foto: Reprodução/TV Globo
O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, foi preso, nesta quinta-feira (10), pela Polícia Civil de Mato Grosso, acusado de matar um morador de rua com um tiro no rosto, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. O homem preso é Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, procurador da Assembleia Legislativa do estado.
O assassinato de Ney Muller Alves Pereira, 42, aconteceu na noite de quarta-feira (9) e no dia seguinte o procurador se apresentou à DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Acompanhado de um advogado, ele entregou a arma de fogo e o carro que dirigia no momento do crime.
A defesa afirmou que Rocha e Silva atirou após ter o carro danificado pela vítima em um posto de combustível. A vítima teria quebrado também outro veículo no local.
O procurador foi preso em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e cometido por meio de emboscada.
Segundo as investigações, o atirador estava em um veículo Land Rover, chamou a vítima e, quando esta se aproximou, foi atingida por um disparo. Depois do crime, Rocha e Silva fugiu do local.
O advogado de defesa do procurador, Rodrigo Pouso Miranda, negou que o crime tenha sido uma execução. Ele alega que o morador de rua teria danificado o carro do procurador e de outros clientes de um posto.
“Um crime não justifica o outro, foi uma fatalidade. A pessoa abaixou para ir pra cima do carro e acabou sendo atingida”, afirmou, em coletiva de imprensa. “Ele é uma pessoa que tem porte de arma, é trabalhador e nunca precisou fazer isso. Ele está arrependido e agora vai cumprir as normas.”
Em comunicado publicado no Instagram, a Assembleia Legislativa do Mato Grosso (ALMT) disse que “lamenta profundamente” a morte de Pereira e informou que tomará todas as medidas administrativas cabíveis em relação ao caso.
Na nota, o presidente da Assembleia, o deputado Max Russi (PSB), enfatizou que “todos têm direito à ampla defesa”, mas que não se pode “aceitar nem banalizar um tipo de crime como esse”. “Uma vida foi ceifada e não podemos admitir isso”.

Carro usado no crime foi apreendido pela polícia – Foto: Polícia Civil