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Putin coloca ex-comandante do Grupo Wagner para trabalhar no Ministério da Defesa

Andrei Troshev, que integrava o grupo mercenário, se reuniu com o presidente russo, segundo o Kremlin. Os dois discutiram uso de ‘unidades voluntárias de combate’ na Ucrânia.

O governo da Rússia anunciou que Andrei Troshev, um ex-comandante do Grupo Wagner, passou a trabalhar para o Ministério da Defesa do país. As informações foram divulgadas pela agência de notícias russa RIA, citando o porta-voz do Kremlin, nesta sexta-feira (29).

Troshev se encontrou com Vladimir Putin, segundo o governo russo. A reunião aconteceu pouco mais de um mês após a morte de Yevgny Prigozhin, que era chefe da organização mercenária.

Durante a reunião, Putin discutiu com Troshev sobre como as unidades voluntárias de combate estão sendo usadas na guerra da Ucrânia.

“Você mesmo lutou nessa unidade por mais de um ano. Você sabe o que é, como é feito, sabe das questões que precisam ser resolvidas com antecedência para que o trabalho de combate continue da melhor e mais bem-sucedida maneira”, disse Putin segundo comunicado divulgado pelo Kremlin.

O encontro marca mais uma tentativa de Putin de mostrar que o governo russo tem controle sobre o Grupo Wagner, três meses após uma tentativa de motim dos mercenários contra o Ministério da Defesa.

Além de Putin e Troshev, o vice-ministro da Defesa, Yunus-Bek Yevkurov, também participou da reunião.

Troshev já batalhou nas guerras russas no Afeganistão e na Chechênia. Pela atuação no Afeganistão, foi condecorado duas vezes com a Ordem da Estrela Vermelha.

Já em 2016, o militar foi premiado com a medalha de Herói da Rússia – considerada a mais alta condecoração do país – pela tomada de Palmira, na Síria, contra militantes do Estado Islâmico.

Acidente aéreo

Yevgeny Prigozhin morreu em um acidente aéreo na Rússia em agosto deste ano. Ele estava em um jato executivo ligado ao Grupo Wagner com outras nove pessoas. Todos morreram.

Após o acidente, a mídia russa noticiou que Prigozhin e um comandante do grupo paramilitar teriam participado de um encontro com oficiais do Ministério de Defesa da Rússia antes de o avião decolar.

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Dois meses antes do acidente, o Grupo Wagner protagonizou uma tentativa de montim na Rússia para derrubar o ministro da Defesa. O caso irritou Putin, que chamou a ação de “facadas nas costas”.

Com as especulações internacionais após o acidente aéreo, o governo russo negou que o líder mercenário teria sido morto sob suas ordens e que essa teoria era uma “mentira absoluta”.

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