Economia

Real Digital: vai se chamar Drex, os benefícios e como vai funcionar

As letras (Dreax) fazem referência a digital, real, eletrônico, respectivamente, e o X faz alusão à modernidade e conexão, do uso da tecnologia blockchain. O nome foi criado pela área de marketing do BC, assim como Pix.

O Banco Central anunciou nesta segunda-feira, 7, em live semanal, que a iniciativa do real digital, a CBDC (Moeda Digital do Banco Central) brasileira, vai se chamar Drex. “Estamos dando um passo a mais nessa família do Pix que a gente criou e fez tanto sucesso”, disse o coordenador da iniciativa do BC, Fabio Araujo.

Logo depois do anúncio oficial na live, o órgão soltou um comunicado sobre a marca. “A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores.”

O que sabemos sobre o Real Digital?

Em linhas gerais, o real digital será a versão virtual do nosso dinheiro em cédulas. Então, além do valor na carteira, você pode ter também na tela do seu celular. A ideia é revolucionar ainda mais as transações financeiras. 

A criação de moedas digitais é um tema que já vem sendo debatido por Bancos Centrais de diversos países, como China e Estados Unidos. Por conta disso, desde 2020, o Banco Central do Brasil estuda a emissão do real digital.

O motivo dessas discussões é mudar como o Brasil emite as notas. Hoje em dia, a emissão acontece de uma só forma: imprimindo papel-moeda, e esse processo é caro. 

Além de “baratear” a produção, o real digital pode servir como um jeito diferente de enxergar o dinheiro.

Alguns dados do Banco Central mostraram que hoje, somente 3% do dinheiro disponível para operações no país existem em cédulas. Então, colocar a moeda digital em prática é uma forma de abraçar a inovação.

Como o Real Digital vai funcionar?

Essa moeda virtual será o próprio real e ela poderá ser usada para fazer compras, pagar boletos e até realizar aplicações financeiras.

Embora algumas pessoas ainda utilizem dinheiro em espécie, a maior parte dele já circula de maneira eletrônica. Quer ver só?

Pense no salário que é depositado na sua conta mensalmente, nos boletos que você paga diretamente pelo app do seu banco ou no caixa eletrônico e as transferências via Pix. Todas essas são maneiras digitais de usar o dinheiro, já que em nenhuma são usadas cédulas.

Sendo assim, qual a diferença do real digital para uma transação feita por Pix, por exemplo? 

De acordo com o Banco Central, a principal diferença estará na responsabilidade. Atualmente, todo o montante depositado em uma conta é de responsabilidade do banco. Com o real digital, a responsabilidade será do BC.

Mas, vale ressaltar: o dinheiro em espécie continuará existindo. 

Vantagens que a moeda virtual brasileira promete

Conheça alguns benefícios do real digital para o dia a dia dos brasileiros.

1. Rapidez para realizar pagamentos

Todo pagamento ou transferência feita com o real digital será confirmado em poucos segundos. Isso irá acontecer, pois, o dinheiro sai de um ponto a outro, sem passar por nenhum intermediário, como uma maquininha de cartão.

2. Utilização em qualquer país

Deixando de lado a burocracia de pagar taxas por uso do cartão quando for viajar para outro país. Com a versão digital da nossa moeda, o dinheiro fica no ambiente virtual e pode ser transferido sem nenhuma interferência.

3. Segurança extra: menor risco de fraudes

O real digital promete ser uma das maneiras mais seguras de fazer movimentações on-line. Dessa forma, ninguém mais precisará se preocupar com transações virtuais, como aquelas feitas em compras pela internet, por exemplo.

Qual a previsão para lançamento da Moeda Digital Brasileira?

Não há uma data exata, mas o Banco Central planeja lançar o real digital até 2024. 

Atualmente, existe um plano com algumas etapas para a criação até o lançamento dessa nova moeda. O início desse projeto aconteceu em março de 2022 e a ideia é que em julho desse mesmo ano comecem a ser feitos testes com o real digital.

Logo após o período de testes, o Banco Central pretende lançar o projeto piloto da moeda no fim de 2022. 

Afinal, Real Digital e Criptomoeda são a mesma coisa?

Apesar de ambas as moedas viverem no ambiente virtual, o real digital e as criptomoedas são coisas diferentes.

Uma das principais características das criptomoedas, como o bitcoin, é o controle não centralizado das emissões. Não existe nenhuma autoridade que acompanhe todas as transações nesse ativo. O que acontece, é justamente o contrário: cada movimentação feita precisa ser registrada e validada pelos próprios usuários.

A emissão do real digital será feita exclusivamente pelo Banco Central do Brasil, e esse é um ponto chave que a diferencia das criptos. Os bancos e as instituições vão fazer a custódia dos reais digitais e também a distribuição no mercado.

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