Polícia

Por determinação do STJ, Robinho foi preso pela PF em Santos e vai cumprir a pena na Penitenciária 2 de Tremembé (SP)

Robinho dentro do prédio da Polícia Federal em Santos (à esquerda) e carro da PF deixando o prédio do ex-jogador – Foto: Fábio Pires/TV Tribuna e Daniela Rucio/TV Tribuna

Ex-jogador Robinho, foi preso pela Polícia Federal na cobertura em que mora em Santos (SP), na noite desta quinta-feira (21). A detenção acontece um dia após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que o ex-jogador cumpra a sentença italiana no Brasil pelo crime de estupro coletivo contra uma albanesa. A defesa ingressou com um habeas corpus junto ao STF, que negou o pedido.

Robinho, passou por audiência de custódia, na noite desta quinta-feira (21), na Justiça Federal em Santos (SP) e deverá ser levado ao complexo penitenciário em Tremembé (SP), onde cumprirá a pena de 9 anos de prisão pelo crime de estupro coletivo cometido em 2013 contra uma mulher albanesa. O crime foi julgado na Itália e a condenação será cumprida no Brasil, conforme decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Robinho foi preso por volta das 19h na cobertura onde mora em frente à praia, no bairro Aparecida, em Santos. Ele deixou o prédio com uma equipe da Polícia Federal e seguiu para o Fórum no centro da cidade, onde o juiz decidiu pela manutenção da prisão.

De lá, o ex-jogador foi levado ao prédio da PF e, agora, será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Santos para passar por exame de corpo de delito, antes de ser encaminhado à penitenciária.

A Corte Especial do STJ homologou o pedido do Governo Italiano de cumprimento no Brasil, da pena imposta pela Justiça Espanhola que condenou Robinho a 9 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro coletivo, na última quarta-feira (20), Uma vez que o país não extradita brasileiros.

O crime de violência sexual em grupo aconteceu em 2013, quando Robinho era um dos principais jogadores do Milan, clube de Milão, na Itália. Nove anos após o caso, em 19 de janeiro de 2022, a justiça daquele país o condenou em última instância a cumprir a pena estabelecida.

Robinho foi condenado após ter estuprado junto com outros cinco homens uma mulher albanesa em uma boate em Milão. A vítima, inclusive, estava inconsciente devido ao grande consumo de álcool. Os condenados alegam que a relação foi consensual.

Os advogados de Robinho também ingressaram com um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quinta-feira (21), para impedir a prisão até que se encerrem as possibilidades de recurso. Ominstro Luiz Fux foi sorteado relator do pedido e negou o pedido de liminar.

 P2 de Tremembé, para onde Robinho foi transferido em SP; local é chamado de ‘presídio dos famosos’. – Foto: Foto 1: Reprodução | Foto 2: Laurene Santos/TV Vanguarda

A Penitenciária 2 de Tremembé (SP), para aonde o ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, foi transferido para cumprir pena por estupro, é conhecida por abrigar presos de casos de grande repercussão nacional.

O local, que fica a cerca de 150 km da capital paulista, é tido como ‘presídio dos famosos’. Cumprem penas na P2 detentos como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Lindemberg Alves e Gil Rugai, por exemplo. O local já recebeu também Mizael Bispo, que cumpriu pena por matar Mércia Nakashima, e Edinho, filho de Pelé.

Os presos fazem as refeições diárias nas celas e têm direito ao banho de sol. A penitenciária é equipada com cozinha, igreja, sala de aula, biblioteca, campo de futebol, horta, além das fábricas da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimental (Funap).

Mesmo no regime fechado, os presos podem trabalhar na unidade. Dentro da P2 funcionam as fábricas de carteira e cadeiras escolares, fechaduras e de pastilhas desinfetantes para vaso sanitário, entre outros ramos.

Nas oficinas da Funap, os presos realizam cursos de capacitação e qualificação profissional e atuam com a mão de obra em serviços para empresas e governos municipais, por exemplo.

Além de funcionar como aprendizado de um ofício, as oficinas da Funap são uma forma de reduzir a pena. Pelo programa de remição de pena pelo trabalho, a cada três dias trabalhados, o preso pode abater um dia de pena, desde que seja autorizado pela Justiça.

Os presos também têm acesso a cursos de teatro e oficinas, como leitura e origami. A biblioteca do local é equipada com mais de 7,5 mil títulos.

Fonte: g1

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