O prefeito Rogério Cruz participou, na tarde desta quinta-feira (02/03), no Paço Municipal, da apresentação de relatório do “Projeto para análise das bases de dados sobre situação das mulheres em Goiânia e produção de subsídios para a Criação do Observatório da Mulher”. Documento foi desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM).
Projeto é pautado no desenvolvimento de políticas públicas para atender às goianienses. Documento contém dados estatísticos e características dos crimes de violência doméstica e feminicídio, além de informações sobre acolhimento, segurança, mercado de trabalho, educação e desenvolvimento social.
“Esse estudo reforça o nosso comprometimento com a criação de políticas públicas que garantam o atendimento qualificado às goianienses, principalmente as mais vulneráveis e que são vítimas de violência”, afirmou o prefeito, ao citar o nome dos integrantes do grupo de trabalho da UFG.
Rogério Cruz solicitou aos titulares das pastas, em especial às secretarias da Mulher, de Direitos Humanos e de Desenvolvimento Humano e Social, com apoio da Patrulha Mulher Mais Segura (GCM) e da Secretaria Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia, para que trabalhem e desenvolvam mecanismos para acompanhamento e apoio às mulheres.
A reitora Angelita Pereira, integrante do Núcleo de Estudos sobre Criminalidade e Violência (Necrivi) da UFG, fez parte da construção da pesquisa e destacou que a criação do observatório, que será desenvolvido com o avanço da pesquisa, terá impacto nacional.
“O observatório demonstrara a ousadia e coragem da gestão”, resume a reitora, ao pontuar a importância da disponibilização de dados para a soma de forças no combate à violência contra a mulher. “Quanto mais a gente não enxerga os dados, mais vulneráveis as mulheres ficam”, completou.
A secretária da Mulher, Tatiana Lemos, frisou que o observatório será uma importante ferramenta para definir as prioridades nas ações de combate à violência contra a mulher e conhecer de perto as necessidades daquelas que estão em situação de vulnerabilidade.
“Esse banco de dados, que será formado por critérios científicos, orientará políticas públicas mais eficazes não só no combate à violência contra a mulher, mas também nas diferentes políticas de gênero,” afirmou Tatiana.
A nova titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), Maria Yvelônia, elogiou a produção da base de dados para subsidiar a tomada de decisões pelo poder público. “Faremos muito com esses dados na área de assistência”, assinalou.
Grupo de Trabalho
Pesquisadora do grupo de trabalho da UFG, a professora Rayani Mariano apresentou o relatório da primeira etapa do trabalho e destacou que “o observatório é uma alternativa ideal para reunir todos os dados e embasar o desenvolvimento de políticas públicas efetivas no combate à desigualdade de gênero”.
Para o coordenador geral do projeto, Dijaci David de Oliveira, “o Observatório da Mulher vem para somar e fortalecer as políticas públicas já desenvolvidas, a partir do levantamento, fomento e produção de dados”. O professor ressaltou que existe dificuldade em produzir e buscar dados.
“O observatório vem para suprir essa necessidade, a partir do momento em que ele esquematiza e coloca à disposição os dados para toda a sociedade, entidades civis, Câmara Municipal e demais gestores”, argumentou.
Observatório
A pesquisa traz dados estatísticos e características dos crimes de violência doméstica e feminicídio, com detalhamento quanto ao sexo da vítima e do autor, os locais onde ocorreram os casos e outras informações sobre acolhimento, segurança, mercado de trabalho, educação e desenvolvimento social referente à mulher em Goiânia.
A partir do estudo, será criado o site “Observatório Municipal da Mulher”, uma plataforma interativa que monitora, em tempo real, os casos de violência doméstica, e que servirá como base para estudos, análises e criação de leis e políticas voltadas à defesa da mulher em Goiânia.
Participaram do evento, dentre outras autoridades, a coordenadora do Núcleo Especializado de Direitos e Defesa da Mulher da Defensoria Pública, Tatiana Maria Bronzato, a titular da Delegacia Estadual de Combate a Violência Contra a Mulher em Goiás, delegada Ana Elisa, a vereadora autora da emenda para a realização do projeto, Sabrina Garcez, e os secretários municipais Durval Pedroso (Saúde), Vinicius Henrique (Sefin), Wellington Bessa (Educação), Hemmanoel Feitosa (Sictec), Silvio Silva Sousa (Sedec), Jovair Arantes (Segov), Denes Pereira (Semad e Seinfra), Realle Palazzo (Secom), Valfran de Sousa Ribeiro (Seplahn), Carlos Júnior (GoiâniaPrev), o presidente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Ricardo Paranhos, e o Procurador-Geral Marcos Egídio.
Fotos: Jucimar Sousa
Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia