Mundo

Rússia e Ucrânia anunciam maior troca de prisioneiros desde o início da guerra

Representantes turcos, ucranianos e russos durante reunião em Istambul. 16/5/2025 (Turkish Foreign Ministry/Divulgação)

Delegações da Rússia e Ucrânia se reuniram nesta sexta-feira (16), na cidade de Istambul, na Turquia, para primeiras negociações diretas de paz em mais de três anos.

O encontro aconteceu sob pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar o conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A Rússia exigiu, durante as negociações em Istambul, na Turquia, que a Ucrânia cedesse as terras ainda sob controle de Kiev, disse uma fonte familiarizada com o encontro presencial entre os dois países nesta sexta-feira (16).

Questionada se a Rússia exigiu que a Ucrânia se retirasse totalmente de quatro regiões disputadas no leste, a fonte respondeu: “Sim”.

Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson são as quatro regiões em questão, que a Rússia tentou anexar ilegalmente em 2022. A Rússia reivindica essas regiões, porém não tem controle total sobre elas.

O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, afirmou durante o início da reunião que é fundamental alcançar um cessar-fogo entre os países o mais rápido possível.

Porém, as expectativas de um avanço, que já estavam baixas, foram ainda mais abaladas na quinta-feira (15), quando Trump afirmou que não haveria avanço sem uma reunião entre ele e o presidente russo, Vladimir Putin.

Ao final das negociações, Rússia e Ucrânia concordarem em realizar uma troca de 1.000 prisioneiros de guerra de cada lodo, disse o ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, à TV. Se a troca realmente acontecer, será a maior em mais de três anos desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

O anúncio sobre a troca de prisioneiros foi feito separadamente pelos chefes de cada delegação – de um lado, o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, e do outro o assessor da Presidência russa, Vladimir Medinsky. Cada lado libertará mil prisioneiros “nos próximos dias”. Não foi confirmada uma data específica até o momento.

Trocas de prisioneiros não são uma novidade na dinâmica da guerra do Leste Europeu. Ao longo dos últimos três anos, várias foram realizadas, normalmente envolvendo algumas dezenas ou poucas centenas de cativos por vez. A libertação de mil prisioneiros em uma única troca seria inédita.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo