Samir Xaud é eleito o novo presidente da CBF, em eleição boicotada pelos clubes

Samir Xaud novo presidnte da CBF – Foto: Divulgação
Em eleição realizada neste domingo (25/5), o roraimense Samir Xaud (41) foi aclamado novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol – CBF. Ele assume Ele assume imediatamente o cargo e tem mandato até 2029, no lugar de Ednaldo Pereira, afastado após decisão desembargador Gabriel Zefiro, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
Apesar de ser candidato único, Xaud não conseguiu unanimidade de votos – como ocorreu na eleição anterior, que reelegeu Ednaldo Rodrigues. Foram 103 pontos de um total de 141 possíveis. Ao todo, estiveram presentes 26 federações e 20 clubes. O que daria 108 pontos, pois voto de federação tem peso três, de clube da Série A, dois, e da Série B, um.
Os oito vice-presidentes eleitos na CBF
- Michelle Ramalho Cardoso – presidente da Federação Paraibana de Futebol
- Flavio Diz Zveiter – advogado, ex-VP de projetos especiais da CBF e ex mandatário do STJD
- Ricardo Augusto Lobo Gluck Paul – presidente da Federação do Pará
- Gustavo Dias Henrique – diretor de relações institucionais da CBF
- José Ivanildo da Silva – presidente da Federação do Rio Grande do Norte
- Ednailson Leite Rozenha – presidente da Federação do Amazonas
- Rubens Renato Angelotti – presidente da Federação de Santa Catarina
- Fernando José Macieira Sarney – vice-presidente da CBF e atual interventor na entidade.
Em entrevista o agora presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, declarou que planeja dar tranquilidade ao técnico italiano Carlo Ancelotti, que irá comandar a Seleção Brasileira de futebol masculino.
“A gente já tem feito contatos prévios nos bastidores para dar segurança a ele, segurança jurídica. A gente precisa dar autonomia a ele, deixar trabalhar sem interferências externas”, declarou.
Em entrevista coletiva, o dirigente elencou que a reorganização do calendário e a implantação do fair play financeiro são prioridades. Ele anunciou que os Estaduais terão 11 datas a partir de 2026 – foram 16 em 2025.
“Hoje iniciamos uma nova fase na Confederação Brasileira de Futebol. Nossa gestão, e faço questão de usar o plural, será marcada pela renovação das ideias e pela agregação de todos aqueles dispostos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento pleno do nosso esporte” disse Xaud, em seu primeiro discurso como mandatário.
“Não cheguei até aqui sozinho. Faço parte de um grupo que se uniu com um único propósito: construir uma nova CBF, moderna, participativa e comprometida com o desenvolvimento da indústria do futebol” acrescentou.
Parte dos clubes que tinham declarado apoio a Reinaldo Carneiro Bastos há uma semana boicotou o processo e dispensou, inclusive, a possibilidade de voto online, o que foi proposta pela comissão eleitoral em dia de rodada do Brasileiro. Cruzeiro, Operário e Santos, por outro lado, furaram o boicote. Bragantino e Ferroviária disseram que viriam e não compareceram. A representação da Federação Paulista também não veio.
Clubes presentes:
- Série A (10): Atlético Mineiro, Bahia, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, Santos, Vasco, Vitória
- Série B (10): Amazonas, Athletic, Avaí, CRB, Criciúma, Operário, Paysandu, Remo, Vila Nova, Volta Redonda.
Sem metade dos clubes de elite, a CBF contou com novatos: havia um cartola do clube Baré, da primeira divisão de Roraima. E uma série de parentes de dirigentes da nova cúpula da CBF.
Ou seja, se faltaram clubes de elite, sobrava gente no auditório da CBF. Tanto que a imprensa não pode assistir ao pleito como na eleição anterior.