Sargento da PM matou esposa com 51 facadas e 3 tiros, diz IML

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) trouxe à tona detalhes chocantes sobre a morte de Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, em Santos, litoral de São Paulo. O documento aponta que a vítima foi atingida por 51 facadas e três tiros disparados pelo próprio marido, o sargento da Polícia Militar Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, dentro de uma clínica médica. Amanda morreu no local, e o sargento foi preso.
O crime ocorreu em 7 de maio, na Avenida Pinheiro Machado, bairro Marapé. Segundo as investigações, Samir invadiu a clínica e efetuou diversos disparos, atingindo tanto Amanda quanto a filha do casal, de 10 anos. Em seguida, o agressor utilizou uma faca para desferir múltiplos golpes em Amanda, que não resistiu aos ferimentos. A criança, por sua vez, foi socorrida e permaneceu internada por seis dias.
O laudo necroscópico detalha que a maioria das facadas concentrou-se no lado direito do corpo de Amanda, com golpes que se estenderam da coxa até a face da vítima. O documento também indica que os tiros foram disparados à distância.
O médico legista responsável pela perícia concluiu que a morte de Amanda foi “violenta, decorrente de anemia aguda por hemorragia interna traumática, em consequência dos ferimentos” provocados pelos disparos e pelas facadas.
Polícia realizou reconstituição do caso hoje. Samir, que está preso, foi levado pelos policiais para participar da reconstituição do dia em que ele matou a esposa. Ele foi recebido por uma multidão em frente à clínica onde o crime foi praticado com cartazes que pediam por justiça.
SSP informou que o caso ainda é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Santos. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que testemunhas já foram ouvidas, inclusive os policiais militares que estavam na clínica no dia em que Amanda foi assassinada. Secretaria também informou que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar a conduta de Samir.
Defesa de Samir preferiu não se manifestar. O advogado Paulo de Jesus, que representa o militar, informou que aguarda o término da investigação, mas ressaltou que Samir vai colaborar com a investigação.