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Saúde do coração: Alego Lembra o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão

A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e tratamento desta doença silenciosa, que vem crescendo sobremaneira e já atinge 35% da população brasileira.

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é celebrado anualmente no dia 26 de abril. A data instituída ainda no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, através da Lei 10.439/02, procura alertar a sociedade sobre uma das doenças que mais acomete a população brasileira, buscando conscientizar sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento desta doença crônica que é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, popularmente conhecida como pressão alta. 

Devido à sua alta prevalência, baixas taxas de controle e causa de morbidade e mortalidade cardiovascular, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a hipertensão arterial sistêmica seja observada como um importante problema de saúde pública já que a doença atinge 35% da população brasileira, além de ser responsável por desencadear até 80% dos casos de derrame cerebral e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados. Além disso, dados do Ministério da Saúde, indicam que 388 pessoas morrem por dia por hipertensão e, também, apontam que o número de adultos com hipertensão entre 30 e 79 anos aumentou de 650 milhões para 1,28 bilhões nos últimos 30 anos.                                                                                                                                                                                                                         

São números que preocupam a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), que estima que 80% da população deve apresentar a doença até 2025, já que ano após ano, por conta na mudança do estilo da vida moderna com maus hábitos alimentares e vida sedentária, a sociedade vem aumentando sobremaneira seu índice de gordura corporal, seu sedentarismo e estresse. Essa perspectiva preocupante se deve em função do perfil epidemiológico brasileiro estar se modificando desde os anos 1950 e, neste cenário complexo, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) atualmente assumem papel de destaque entre as principais causas de morbimortalidade.  

Hipertensão causa um esforço maior do coração

A SBH explica que a pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de outras diversas enfermidades, tais como, insuficiência cardíaca (aumento do coração), angina (dor no peito), infarto, acidente vascular cerebral (AVC), aneurisma arterial, insuficiência renal ou paralisação dos rins, alterações na visão que podem levar a cegueira. Isso porque, a pressão alta faz com o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído adequadamente no corpo.

Com relação aos principais fatores de risco, o médico cardiologista e diretor de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lucas Nogueira Taveira Adorno comenta que  “o destaque, entretanto, pode ser atribuído aos fatores de risco relacionados às doenças cardiovasculares, pois elas são as que mais matam em todo o mundo. O que acontece é que a patologia provoca o estreitamento dos vasos e faz com que o coração precise bombear o sangue cada vez mais com força para que ele seja impulsionado por todo o organismo”, explica o diretor de Saúde da Alego.

Ele ensina que essa doença degenerativa é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles, as principais causas podem ser: obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal, associado a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão.

Sintomas indicam que um especialista deve ser consultado

De acordo com o médico cardiologista e diretor de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lucas Nogueira Taveira Adorno,  a doença é considerada silenciosa ou seja assintomática e por isso, mesmo as pessoas mais jovens precisam desenvolver o hábito de aferir a pressão arterial, pelo menos uma vez por ano. Existem ainda os casos em que apenas essa medida não basta, necessitando de exames mais específicos e realizados por especialistas.

Adorno teoriza que embora sejam raros, a doença pode vir acompanhada de alguns sintomas relacionados aos quadros da hipertensão arterial, para os quais todas as pessoas devem estar alertas, sendo eles: palpitações, tontura, zumbido no ouvido, visão embaçada ou dupla, dor na nuca, dor de cabeça frequente, pontos avermelhados nos olhos, dificuldade na respiração e  sangramento nasal.

“E ao menor sinal de qualquer um desses sintomas relatados acima, o médico deve ser procurado de imediato. Após a constatação do diagnóstico de pressão alta, o paciente deve procurar um cardiologista, pois este é o especialista indicado para fazer o acompanhamento desses casos, independentemente da idade”, orienta Adorno.  Ele ressalta que é fundamental diagnosticar a origem do problema, para que seja introduzido o tratamento adequado o quanto antes. Apesar da hipertensão não ter cura, ela pode ser controlada através de medicação de uso constante. 

Grupos de risco devem adotar estilo de vida mais saudável 

No passado os homens compunham o maior grupo de risco para as doenças cardíacas, mas esse cenário foi sendo alterado ao longo dos anos e, atualmente, as mulheres são as mais atingidas pela doença. Isso acontece especialmente após a menopausa, por se sujeitarem a queda do hormônio feminino conhecido como estrogênio. Entretanto, as estatísticas mais recentes indicam que as mulheres vêm relatando problemas com pressão alta cada vez mais cedo, apesar dos estudos ainda não conseguirem determinar quais as verdadeiras causas que colaboram para isso. 

Outra possibilidade relatada pelos estudiosos pode estar relacionada a entrada da mulher no mercado de trabalho e a sua dedicação na construção de uma carreira profissional, fazendo com que ela acumule ainda mais funções e tenha uma jornada tripla de trabalho. Culturalmente, a mulher é quem assume os cuidados com a casa, os filhos e a família. 

Outros estudos indicam que a suspeita também recai sobre o uso diário da pílula anticoncepcional que pode contribuir com o aumento da hipertensão, mas nem sempre o tratamento significa apenas uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, com mudança de comportamentos e hábitos alimentares, redução no consumo de sal, manutenção de atividade física regular, abandono do fumo, moderar o consumo de álcool, reservar tempo para o lazer, adotar um ritmo regular de sono, entre outros.

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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