Economia

Selic a 10% faria Brasil economizar um Bolsa Família por ano, diz secretário

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse, que, se a taxa básica de juros (Selic) fosse um pouco menor do que o patamar atual – a 10% ao ano, em vez de 13,75% ao ano, como é hoje —, haveria economia anual de quase um Bolsa Família.

Questionado sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a Selic em 13,75% ao ano, Ceron disse que, por ser responsável pela política fiscal, não se sente no direito de comentar a política monetária, mas tratou do impacto da Selic sobre a dívida pública.

Ele explicou que cada ponto percentual de alta na taxa Selic representa bilhões de reais em despesas com juros da dívida pública.

Ceron ainda projetou um déficit nas contas públicas abaixo de R$ 100 bilhões em 2023. O déficit projetado (também chamado de rombo) para o ano é de R$ 230 bilhões. Segundo ele, todos os indicadores econômicos estão melhorando, e esse número deve ser menor, mas ainda é preciso considerar algumas variáveis na conta.

“Devemos ficar abaixo de R$ 100 bilhões, que já é o que nós gostaríamos que atingíssemos, mesmo. E, agora, o quanto abaixo disso vai depender desse balanço de novas medidas, desse efeito do bom efeito econômico, da variável câmbio etc. O preço do petróleo está reduzindo também”, destacou o secretário.

“Para ter uma comparação: não estou dizendo que deveria ser esse valor, mas, se ela fosse, em vez de 13,75%, fosse 10% a Selic atualmente, você teria quase um Bolsa Família por ano economizado em termos de juros que estão sendo pagos na dívida pública”, afirmou Ceron em entrevista à revista Exame.

Ainda segundo o secretário, a política monetária, do Banco Central, tem “uma relação simbiótica” com a política fiscal, do Ministério da Fazenda.

Déficit em 2023

Ceron ainda projetou um déficit nas contas públicas abaixo de R$ 100 bilhões em 2023. O déficit projetado (também chamado de rombo) para o ano é de R$ 230 bilhões. Segundo ele, todos os indicadores econômicos estão melhorando, e esse número deve ser menor, mas ainda é preciso considerar algumas variáveis na conta.

“Devemos ficar abaixo de R$ 100 bilhões, que já é o que nós gostaríamos que atingíssemos, mesmo. E, agora, o quanto abaixo disso vai depender desse balanço de novas medidas, desse efeito do bom efeito econômico, da variável câmbio etc. O preço do petróleo está reduzindo também”, destacou o secretário.

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