Serviço Secreto diz que policiais estavam dentro de prédio onde atirador se posicionou para tentar matar Trump
Imagem aérea mostra palco de comício de Trump, com prédio onde atirador subiu ao fundo — Foto: REUTERS/Brendan McDermid
A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, disse que policiais estavam dentro do prédio onde o atirador Thomas Matthew Crooks se posicionou para tentar assassinar o ex-presidente Donald Trump. A afirmação foi feita em uma entrevista à rede de TV “ABC”, na terça-feira (16).
Trump foi alvo de um atentado no sábado (13), quando foi atingido por um tiro de raspão na orelha durante um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia. O ex-presidente foi retirado às pressas do local e levado para um hospital. Já o atirador, de 20 anos, foi morto.
Na entrevista à ABC, Kimberly Cheatle classificou o atentado como “inaceitável” e disse que o episódio é algo “que não pode acontecer outra vez”.
Agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos estavam presentes no comício de Trump, sendo um deles o sniper que matou o atirador.
Por outro lado, a diretora disse que era responsabilidade da polícia local proteger e vigiar o prédio onde Crooks subiu no telhado para atirar contra o ex-presidente.
“Havia polícia local naquele prédio. Havia polícia local na área que era responsável pelo perímetro externo do prédio”, afirmou.
A diretora disse ainda que nenhum sniper do Serviço Secreto foi colocado no prédio onde Crooks estava porque o telhado era inclinado.
“Aquele prédio em particular tem um telhado inclinado no seu ponto mais alto. E então, há um fator de segurança a ser considerado, que não gostaríamos de colocar alguém em um telhado inclinado. A decisão foi tomada para proteger o prédio de dentro”, disse.
Na entrevista, a diretora também negou que vá renunciar ao cargo. Cheatle deve ser ouvida sobre o caso pelo Comitê de Supervisão da Câmara no próximo dia 22 de julho.
Trump estava fazendo um comício quando foi alvo do atentado. Um vídeo registrou o exato momento em que o ex-presidente reage ao ouvir tiros de arma de fogo.
Durante os disparos, Trump levou a mão à orelha e se abaixou. Na sequência, agentes do Serviço Secretos dos Estados Unidos protegeram o republicano.
Ele foi retirado do local instantes depois. Antes, acenou para o público e apareceu com a orelha ensanguentada. Trump foi levado para o hospital e recebeu alta cerca de três horas depois.
Ele também fez uma publicação em uma rede social para comentar o ocorrido.
“Eu levei um tiro que atingiu o pedaço superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Sangrou muito, e aí me dei conta do que estava acontecendo”, escreveu Trump.
Na segunda-feira (15), o ex-presidente foi oficializado como o candidato republicano para a eleição presidencial de novembro.
fonte: g1