STJ determina que dona de clínica estética onde servidora pública morreu seja solta

Quésia Rodrigues Biangulo Lima, dona de clínica em que servidora pública morreu, em Goiás – Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta quinta-feira (27) a soltura de Quésia Rodrigues Biangulo Lima, dona de uma clínica de estética onde servidora pública morreu após procedimento no rosto. O ministro Rogerio Schietti Cruz revogou a prisão preventiva por entender que juiz não apontou evidências para a prisão da biomédica. O fato de Quesia ser mãe de dois filhos menores de doze anos também embasou a decisão. A assessoria da Polícia Penal confirmou que Quesia foi solta após a decisão.
O crime aconteceu em dezembro de 2024. A servidora pública Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro morreu um dia após passar pelo procedimento e ser levada ao hospital.
Após uma operação da Polícia Civil notar irregularidades no local, a dona da clínica foi presa por três crimes: execução de serviço de alta periculosidade; exercício ilegal da medicina; oferta de produto ou serviço impróprio ao consumo.
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Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro morreu após passar por um procedimento estético no rosto, em Goiânia – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Relembre o caso
A delegada-adjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon) de Goiás, Débora Melo, relatou que a paciente chegou à clínica, localizada no Park Lozandes, em Goiânia, por volta das 9:00h da manhã de sábado (30) para realizar uma avaliação, mas foi convencida a fazer um procedimento.
Durante operação na clínica, a equipe policial encontrou diversas irregularidades, como medicamentos vencidos, anestésicos de uso hospitalar, itens cirúrgicos sem esterilização, materiais limpos misturados com materiais sujos.
De acordo com a delegada, foi apurado que o procedimento realizado foi uma aplicação da enzima chamada hialuronidase. “A substância serve para retirar o preenchimento anterior, ou seja, a pessoa fez um preenchimento no rosto, não quer mais, usa a hialuronidase. Só que essa hialuronidase, que supostamente foi usada, isso a perícia vai analisar ainda, ela não tinha registro na Anvisa”, aponta Débora Melo.
fonte: g1