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Tarcísio classifica como absurdo PM jogar homem da ponte e pede punição rigorosa

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) classificou como absurda a atitude do PM flagrado atirando um homem de uma ponte em São Paulo. Segundo a Ouvidoria da Polícia, o caso ocorreu na madrugada de segunda, 2, na zona sul da capital. As imagens foram divulgas nas redes sociais.

“A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição que preza, acima de tudo, pelo seu profissionalismo na hora de proteger as pessoas. Policial está na rua pra enfrentar o crime e pra fazer com que as pessoas se sintam seguras. Aquele que atira pelas costas, aquele que chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, evidentemente não está à altura de usar essa farda. Esses casos serão investigados e rigorosamente punidos. Além disso, outras providências serão tomadas em breve”, disse o governador de SP em publicação no X.

Mais cedo, no Instagram, Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública do Estado, confirmou o afastamento dos envolvidos e também prometeu “severa punição” aos envolvidos.

“Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas antiprofissionais. Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição”, disse na postagem.

Derrite também publicou um vídeo informando que determinou o afastamento imediato dos PMs envolvidos no caso do homem arremessado no rio. A partir desta terça, eles vão cumprir expediente administrativo na Corregedoria da Polícia Militar até o fim das investigações.

As manifestações ocorrem após o Ministério Público divulgar uma nota em que define o caso como “estarrecedor e inadmissível”.

As mortes cometidas por policiais militares no estado de São Paulo na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) aumentaram 46% até 117 de novembro deste ano, se comparado a 2023, segundo dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial, do Ministério Público.

É o segundo ano consecutivo de aumento de mortes praticadas por PMs. Tanto neste ano quanto no ano passado, a Polícia Militar realizou operações na Baixada Santista consideradas as mais letais desde o massacre do Carandiru, com 56 mortos, em 2024, e 28, em 2023.

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