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Thiago Brennand: Acusado de agredir modelo é solto depois de ser preso pela Interpol nos Emirados Árabes

Empresário viajou para Dubai em setembro, após vídeo com agressão vir à tona, e virou réu por lesão corporal e corrupção de menores. Justiça brasileira determinou a prisão por ele não ter se apresentado no prazo determinado e não ter entregado o passaporte.

O empresário e herdeiro de Thiago Brennand, que estava foragido desde setembro e tinha sido preso nos Emirados Árabes na quinta-feira (13), foi solto depois de pagar uma fiança. Ele teve de informar endereço fixo e não pode se ausentar do país árabe sem comunicar a Justiça.

Segundo apurado pela TV Globo, ele se comprometeu a comparecer às audiências sempre que solicitado e vai responder ao processo de extradição em liberdade.

Ele virou réu por agressão após aparecer em um vídeo agredindo a modelo Helena Gomes em uma academia de São Paulo. A prisão ocorreu na quinta-feira em um hotel em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, às 14h (21h, no horário de Brasília), segundo a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo.

Brennand saiu do Brasil em 3 de setembro, poucos dias após reportagem de Fantástico revelar as agressões. Enquanto ele estava no exterior, se tornou réu por lesão corporal contra a mulher na academia e corrupção de menores – por ter incentivado o filho adolescente a também ofender a vítima.

Em 9 de setembro, a Justiça deu prazo de 10 dias, para Brennad retornar ao Brasil, mas ele não voltou. Em 27 de setembro, foi determinada a prisão dele por não ter se apresentado e não ter entregado o passaporte. Segundo sua defesa alegou à época, ele voltaria ao Brasil em 18 de outubro.

De manhã, a delegada Ivalda Oliveira Aleixo, da Divisão de Capturas do Departamento de Operação Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil de São Paulo, confirmou inicialmente sobre a prisão do empresário.

Mais denúncias contra empresário

O caso de agressão, com as imagens de dentro da academia, foi revelado em agosto pelo Fantástico. Depois disso, novas denúncias com relatos de estupro, cárcere privado, agressões e ameaças a outras mulheres vieram à tona.

Brennand também enviou e-mails com intimidações para uma promotora e obrigou mulheres a tatuarem as iniciais do nome dele “TFV”.

O empresário não chegou a ser interrogado, mas a Justiça já havia proibido que ele frequentasse academias e se aproximasse de testemunhas do caso que foi exibido no Fantástico.

Núcleo de Atendimento à Vítima de Violência (NAVV) do Ministério Público tinha começado a ouvir as 11 novas vítimas que acusam Brennand de crimes. Entre elas, estão nove mulheres que disseram ter sido estupradas por ele. Três falaram que ele as obrigou a tatuar as iniciais dele em seus corpos.

Os casos teriam ocorrido entre 2021 e este ano em Porto Feliz, no interior paulista, onde o empresário tem residência num condomínio de alto padrão. As vítimas eram mulheres que o conheceram pelas redes sociais ou pessoalmente e tiveram algum contato ou relacionamento com ele.

Fonte: g1

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