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Trump ameaça de tarifar em 100% países do bloco Brics, caso substituam dólar

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou neste sábado (30) aplicar tarifas de 100% sobre os países membros do Brics, caso não se comprometam a abandonar planos de criar uma nova moeda ou apoiar outra substituta do dólar.

Trump ainda reforçou a impossibilidade de substituição do dólar americano e disse que os países que tentarem devem se despedir dos EUA.

“Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”, escreveu Trump em sua plataforma de mídia social, a Truth Social.

“Eles podem procurar outro ‘otário’. Não há nenhuma chance dos Brics substituírem o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tentar deve dizer adeus aos Estados Unidos”, acrescentou o republicano.

As tarifas de Trump

A promessa do presidente eleito Donald Trump de impor tarifas rígidas contra os três maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos deve elevar os preços, o que prepararia o cenário para o Federal Reserve parar de cortar as taxas de juros e possivelmente aumentá-las.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse em um discurso recente em Dallas que ainda é muito cedo para considerar como os planos tarifários de Trump afetariam a economia dos EUA.

A retórica da campanha é uma coisa, mas a política promulgada é outra. Trump, no entanto, diz que não vai perder tempo, ameaçando na semana passada aplicar tarifas de 25% sobre o México e o Canadá e uma taxa adicional de 10% sobre produtos chineses no primeiro dia de seu segundo mandato em 20 de janeiro.

As tarifas de Trump quase certamente aumentariam os preços de produtos importados como abacates, carros e tequila . Isso afetaria cerca de US$ 1,5 trilhão em produtos que fluem pela América do Norte, de acordo com uma estimativa do Fundo Monetário Internacional.

Wall Street já demonstrou alguma preocupação com a possibilidade de a inflação reacender sob um segundo mandato de Trump, com os rendimentos dos títulos subindo rapidamente antes do dia da eleição e nas semanas seguintes.

Os únicos vencedores da vez seriam os investidores dos títulos do Tesouro dos EUA, os treasuries. Enquanto no longo prazo os juros mais altos tendem a tirar o dinamismo que Trump almeja para a economia, os investimentos na dívida norte-americana poderiam manter maior resiliência com o passar do tempo.

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