Volodymyr Zelensky e Donald Trump – Andrew Harnik/Getty Images
Donald Trump determinou a suspensão do envio de auxílio militar dos Estados Unidos à Ucrânia poucos dias depois do bate-boca entre o republicano e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“O presidente deixou claro que está focado na paz. Precisamos que nossos parceiros também estejam comprometidos com esse objetivo. Estamos pausando e revisando nossa ajuda para garantir que ela esteja contribuindo para uma solução”, disse o funcionário da Casa Branca à agência Reuters.
O gabinete de Zelensky não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A medida foi tomada depois que Trump mudou a postura de alinhamento dos EUA em relação à Ucrânia, que vinha desde o início da guerra. O ápice da mudança foi o confronto acalorado com Zelensky na Casa Branca, em que criticou o ucraniano por não demonstrar gratidão suficiente pelo apoio de Washington.
Nesta segunda-feira, Trump voltou a criticar Zelensky, e repetiu que ele deveria ser “mais grato” pelo apoio americano, em resposta a uma fala do ucraniano sobre o fim da guerra estar “muito, muito distante”.
“Esta é a pior declaração que poderia ter sido feita por Zelenskyy, e a América não vai tolerar isso por muito mais tempo!” Trump escreveu no Truth Social, usando uma grafia alternativa do nome do líder ucraniano.
Mas Trump também sugeriu que um acordo para abrir os minerais da Ucrânia para investimentos dos EUA ainda poderia ser fechado, apesar de sua frustração com Kiev, enquanto os líderes europeus sugeriam propostas para uma trégua na guerra da Rússia com seu vizinho.
O governo Trump vê um acordo de minerais como a maneira dos EUA de ganhar de volta algumas das dezenas de bilhões de dólares que deu à Ucrânia em ajuda financeira e militar desde que a Rússia invadiu três anos atrás.
Quando perguntado nesta segunda-feira se o acordo estava morto, Trump disse na Casa Branca: “Não, acho que não.”
Trump descreveu isso como um “ótimo negócio para nós” e disse que daria uma atualização sobre a situação na terça-feira (4) à noite, quando discursaria em uma sessão conjunta do Congresso.
