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Tutora que morreu após ser mordida por pit bull postava vídeos e se declarava ao cachorro nas redes sociais: ‘Meu guardião’

Stefane Xavier da Silva foi atacada pelo próprio pit bull em Cidade Ocidental, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Tutora falava que cão era companheiro e carinhoso. Stefanie Xavier da Silva, de 31 anos, foi atacada e morta com mordidas no pescoço.

A tutora de pit bull, Stefane Xavier da Silva, de 31 anos, que foi atacada e morta pelo animal, postava fotos e vídeos com o cachorro e expressava seus sentimentos por ele. Nas postagens, ela se refere ao cachorro com muito carinho, chamando-o de “meu parceiro” e “meu guardião”. Stefanie foi atacada e morta pelo animal em um condomínio em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal.

“A gente se gosta, meu parceiro”, afirmou ela em um dos posts. Em outra foto em que o animal dorme no colo dela, Stefanie descreve o animal como carinhoso: “Meu companheiro carinhoso, amo muito você, Aquiles. Olha meu guardião aí gente”.

O que aconteceu

Stefane Xavier foi atacada e morta pelo próprio cachorro  no domingo (13). A companheira dela pediu socorro e foi auxiliada pelos vizinhos, que mataram o cão para evitar novos ataques, inclusive a um bebê que estava na residência e não se feriu.

Segundo o Corpo de Bombeiros, vizinhos mataram o cão a pauladas. Os bombeiros informaram que a mulher já foi encontrada morta quando a equipe de resgate chegou ao local. Stefanie tinha ferimentos graves na região do pescoço e grande perda de sangue.

Investigação

O delegado responsável pela investigação, Aluísio Nascimento, contou à TV Anhanguera que o cachorro de Stefanie não tinha histórico de agressividade.

“Pelo que a gente tomou conhecimento, o cachorro não tinha comportamento agressivo com pessoas. Ele tinha um comportamento um pouco ríspido com outros animais, mas a tutora dele, ele nunca tinha atacado. Não tinha indício de violência contra as pessoas que moravam na residência”, disse.

Segundo o depoimento do irmão de Stefanie para a polícia, ela estava com o cachorro desde que o animal era filhote, mas a polícia não soube informar a idade dele.

O delegado Aluísio informou que os elementos levantados pela Políca Civil indicam que a morte de Stefanie foi uma situação de fatalidade. “Então, confirmando essa fatalidade, a gente vai manifestar pelo arquivamento”, finaliza.

O g1 entrou em contato com a Polícia Científica para verificar se o laudo do exame de Stefanie foi concluído, mas não o obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Sobre a raça

A médica veterinária Luana Borboleta explica que outras raças de cachorro apresentam um comportamento mais agressivo do que o pit bull, como o poodle, o pinscher e o shih tzu. Porém, o pit bull tem uma mordida potente e ataca, geralmente, no pescoço.

“A questão é que o pit bull é uma raça desenvolvida para rinhas. Eles são territorialistas com outros cães. O ataque dele vai diretamente para poder anular o opositor o outro cão. E onde é o ponto principal? Pescoço”, afirmou.

Segundo a veterinária, isso não faz a raça ser agressiva com as pessoas. No entanto, mudanças podem ser gatilhos para agressividade. “Se você for me perguntar o que eu acho da questão de você manter um pit bull em casa, eu falo que é um risco muito grande, mas não só o pit bull, mas todos os cães de grande porte”, disse a médica.

Fonte: g1 Goiás

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