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UE rebate declarações de Lula e nega contribuir para prolongamento da guerra na Ucrânia

Partidos polítios da Europa defenderam a fala de Lula e apontaram que o UE precisa ser mais dura numa intermediação de paz.

A União Europeia (UE) reagiu, nesta segunda-feira, 17, às acusações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que Estados Unidos e Europa contribuiriam para o prolongamento da guerra na Ucrânia.

Em coletiva de imprensa, o porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, negou que as ações do bloco tenham alimentado o conflito e enfatizou que a Rússia é a agressora neste caso. “O que estamos fazendo é ajudar a Ucrânia a exercer seu direito legítimo de autodefesa”, afirmou.

Stano lembrou que o Brasil votou a favor da resolução que condena a decisão de Moscou de invadir o país vizinho e determina que o Kremlin retire todas as tropas do território ucraniano. “Não é verdade que os EUA e a UE estejam ajudando a prolongar o conflito. A verdade é que a Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal que viola a Carta das Nações Unidas”, rebateu.

Em viagem aos Emirados Árabes Unidos, Lula voltou a criticar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ontem e propôs a criação de um fórum semelhante ao G20 que busque uma solução pacífica no leste europeu.

Em resposta, o porta-voz da Comissão Europeia argumentou que a UE apoia iniciativas de paz desde antes da invasão russa. Stano alega que o bloco ofereceu ao Kremlin diversas oportunidades para apresentar suas preocupações “de maneira civilizada”. Segundo ele, todas as alternativas foram respondidas com uma escalada das hostilidades pelo presidente russo, Vladimir Putin.

“Claro que a UE apoia a paz o mais breve possível, mas não nos esqueçamos de que a Ucrânia é que a vítima, então é a Ucrânia que definirá sob quais condições possíveis conversas de paz começarão”, ressaltou.

As declarações acontecem no mesmo dia em que o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, chegou ao Brasil para reuniões com representantes do governo Lula. Após encontro com o homólogo brasileiro, Mauro Vier, Lavrov disse que os dois países têm “visão similar” sobre a guerra na Ucrânia.

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