ColunistasJoão Nascimento

Uma pescaria inesquecível

Tudo começou com um convite do meu amigo e irmão Santino Marques da Costa (Um filho de Mara Rosa, conhecido também como Ficha Limpa e Tio Santo): “Vamos pescar no Lago da Barreira Angical, no Rio Tocantins”. Eu, que acabara de retornar de uma pescaria muito legal, no Lago da Serra da Mesa, aceitei de pronto: “Vamos sim”. 

Então seguimos até Taguatinga (DF), no carro do nosso sobrinho Bartô, para pegar o Olavo Marques da Costa (Lavinho), irmão caçula do Santino. Já no belo sobrado do Lavinho, fomos recebidos calorosamente, com cerveja e boa comida. E, após passarmos a noite ali, já na madrugada seguimos para a Fazenda Barreiro da Onça, em Arraias (TO), do mano do meio do Tio Santo, Donizete Marques da Costa (Zete).  

Passamos o sábado e domingo ali naquele local abençoado por Deus, onde Zete e sua esposa Ruth prepararam uma recepção maravilhosa para nós. Tomamos cerveja e jogamos truco ao som da boa música, sobretudo ao vivo, com nossos amigos Ewerton e Heitor, dupla da melhor qualidade, mas, infelizmente, o Heitor subiu para o andar de cima, bem antes do combinado. Sem falar da participação especial da nossa anfitriã Ruth, uma autêntica mulher de Deus. 

Na segunda-feira cedo percorremos mais 200 quilômetros até a Pousada Martins, no Angical, onde iniciamos uma pescaria esportiva da melhor qualidade. 

Os protagonistas foram: Zete, Lavinho, Santino, Bartô, Clayton (filho do Zete, que, também, nos deixou muito antes do combinado), Carlim Pequi, Chico Corretor, Anderson Abelhina, Ewerton, Heitor, Rafael Galeguinho e, naturalmente, o JN, este humilde escriba. Foram quatro dias subindo e descendo o majestoso Rio Tocantins, numa competição legal entre os pescadores, onde sagrou-se campeão Abelhinha, seguido do saudoso Heitor, que fisgaram os maiores peixes (tucunarés), soltando em seguida, depois da já tradicional sessão de fotografias. Mas todos os outros fizeram bonito, pescando e soltando belas espécimes de peixes.  

Eu, particularmente, não consegui pegar nada dessa vez, a não ser pequenos piaus no belo  Pier (tablado) da Pousada, ao lado do Santino e do Galeguinho, mas no embate na canastra fui o campeão. Levei ‘bicicleta’ na caixeta, do grande pecuarista Edivan, mas também ganhei do mesmo modo dele e do Zete. Truco foi o forte das noitadas, com todas as duplas fazendo bonito, mas as que mais ganharam foram: Ewerton/Pequi, JN/Zete, Ewerton/Galeguinho, Chico/Pequi, Lavinho/Santino, Clayton/Santino, Clayton/Chico, Heitor/ e Bartô/Zete. Enfim, houve muitas trocas de parceiros, inclusive nosso convidado Fábio, gaúcho que tem 20 anos de Bahia (Luiz Eduardo Magalhães), também ganhou jogos com seu sobrinho Branco.  

Fatos curiosos também ocorreram. Um deles foi a de um filhote de veado que a turma encontrou em perigo, nanando no rio e o soltaram em lugar seguro. O outro ocorreu comigo. Lavinho, Santino e Zete me deixaram sozinho em uma margem perto da toca da onça. O medo bateu de tal maneira em mim, que cheguei a ouvir imaginariamente o esturro da ‘bicha’, mas, por incrível que pareça, consegui me segurar até chegar o socorro com o grande Pequi. Que alívio!  

Também curtimos muito nas madrugas o programa “Abrindo a Porteira”, com o Compadre Sereré, da emissora SAD FM – a Rádio Jovem da Cidade! – de Santo Antônio do Descoberto. E, apesar da pousada ter cobrado um tal de royalty, que chamamos de ‘rolha’, um verdadeiro absurdo com um cliente do nível do Zete, que frequenta o local desde sua inauguração e coordenou o pagamento, o passeio valeu muito a pena. Com toda certeza, se transformou numa pescaria inesquecível! 

João Nascimento, jornalista 

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