Polícia

STF condenou bolsonarista que sentou na cadeira de Moraes, a 14 anos de prisão

Foto: Imagem: Reprodução/Redes Sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF), através da Primeira Turma, condenou a 14 anos de prisão Aildo Francisco Lima por envolvimento no 8 de Janeiro de 2023. O bolsonarista se tornou conhecido por fazer uma transmissão ao vivo nas redes sociais durante os atos golpistas na qual aparecia sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes.

O julgamento, finalizado na última sexta-feira 12, ocorreu na Primeira Turma. Votaram pela pena de 14 anos Moraes (relator), Flávio Dino e Cármen Lúcia. Cristiano Zanin expressou “ligeiras divergências” em relação à dosimetria, mas por fim acompanhou a maioria “em atenção ao princípio da colegialidade”.

Na live que realizou em meio à invasão do STF, Aildo se sentou na cadeira de Moraes e afirmou: “Aê, pessoal, essa daqui é a cadeira do Xandão. Porra, agora eu sou um ministro da Corte”.

Aildo foi condenado por cinco crimes:

  • abolição violenta do Estado democrático de Direito;
  • tentativa de golpe de Estado;
  • dano qualificado;
  • deterioração do Patrimônio tombado; e,
  • associação criminosa armada.

Defesa de Aildo questionou a autenticidade do vídeo, alegando que o arquivo não corresponde à versão original postada por ele. Contudo, em depoimento à Polícia Federal, Aildo negou ter postado o vídeo em suas redes sociais, mas reconheceu a autoria do material.

Em 27 de setembro de 2023, Aildo foi preso preventivamente pela PF em Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo. A prisão foi mantida por unanimidade pela Primeira Turma do STF em junho de 2024.

Em abril, Moraes concedeu prisão domiciliar a Aildo. O ministro determinou medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de usar redes sociais, de se comunicar com outros envolvidos no 8 de Janeiro, conceder entrevistas e receber visitas, exceto de advogados e familiares.

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