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Valdemar Costa Neto é preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira (8), em Brasília, por posse ilegal de arma de fogo. Ele era um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que mira organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após a derrota nas eleições de 2022.

Ao todo são 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.

As buscas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

O flagrante foi identificado enquanto policiais federais faziam buscas em um dos endereços de Valdemar Costa Neto como parte da operação que apura o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-assessores no plano de golpe de Estado nas eleições de 2022.

Por volta das 11h10 desta quinta-feira, Valdemar estava na sede da Polícia Federal para as formalidades do flagrante. Ainda não se sabe se o político seguirá preso ou se será liberado após prestar esclarecimentos.

Operação para investigar tentativa de golpe

A operação deflagrada pela PF nesta quinta-feira tem entre seus alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares. O objetivo é investigar uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder.

Bolsonaro teve seu passaporte retido, o que o impede de deixar o país, e ficou proibido de se comunicar com outros investigados, após decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. Três militares e um ex-assessor de Bolsonaro foram alvos de mandados de prisão, enquanto ex-ministros e outros integrantes das Forças Armadas foram alvos de mandados de busca.

As investigações apontam que integrantes do governo Bolsonaro planejavam prender os ministros do Supremo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A operação da PF mirou nomes como o do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Valdemar da Costa Neto.

O relatório da investigação aponta que Bolsonaro e militares atuavam em seis núcleos. Uma área de inteligência paralela monitorava ilegalmente as autoridades na mira do governo. A PF também encontrou a gravação de uma reunião para discutir o golpe. Ela foi apreendida no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Mandados de busca e medidas cautelares:

  1. Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
  2. Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
  3. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
  4. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  5. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
  6. General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;
  7. Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
  8. General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  9. Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
  10. Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares;
  11. Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
  12. Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;
  13. Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
  14. Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;
  15. Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
  16. Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército.

Mandados de prisão

  1. Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
  2. Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
  3. Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército;
  4. Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.

PL Nacional se manifesta

O vice-presidente do Partido Liberal Nacional, deputado federal Capitão Augusto afirmou em nota nesta quinta-feira (08), que durante este período “desafiador é fundamental reconhecer o papel significativo e a liderança excepcional de Valdemar Costa Neto” na presidência da sigla.

Segundo o General Augusto, Valdemar conta com o apoio “incondicional” do partido. Além disso, ressalta acreditar que a habilidade “em navegar pelos desafios políticos com sabedoria e integridade reafirma sua posição como um líder excepcional em nosso país”.

A nota foi encaminhada após o presidente do partido ter sido preso, na manhã desta quinta-feira pela Polícia Federal em Brasília, por porte ilegal de arma.

A PF realizou busca e apreensão pela Operação Tempus Veritatis, que mira investigação em suposta organização criminosa que tentava um golpe de Estado que mantivesse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.

A sede do PL foi alvo de busca e apreensão.

Integra da nota do vice-presidente do PL:

“Neste período desafiador, é fundamental reconhecer o papel significativo e a liderança excepcional de Valdemar Costa Neto na presidência do Partido Liberal, a maior representação dos valores conservadores em nosso país. Sua habilidade para guiar o partido através de tempos complexos demonstra não apenas sua visão estratégica, mas também sua dedicação incansável à causa conservadora.

Sublinhamos a importância dos princípios de ampla defesa e do contraditório, pilares essenciais de nosso Estado Democrático de Direito. Estamos confiantes de que, em tempo hábil, todas as questões serão devidamente esclarecidas.

Valdemar Costa Neto conta com nosso apoio incondicional e confiança irrestrita. Sua liderança inspiradora e firme condução do Partido Liberal são inestimáveis. Sob sua orientação, o partido não apenas consolidou como o maior partido do Brasil, mas também se consolidou como um bastião de valores conservadores, representando uma voz poderosa para muitos brasileiros. Sua habilidade em navegar pelos desafios políticos com sabedoria e integridade reafirma sua posição como um líder excepcional em nosso país.”

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