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Venezuela: Maduro chama partido de oposição de terrorista e decreta prisão de 6 oponentes

Na quarta-feira (20), a Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra seis integrantes da Plataforma Unitária Democrática, a coalizão de partidos de oposição ao regime de Nicolás Maduro. O Ministério Público da Venezuela, que é controlado por Nicolás Maduro, acusa os seis de terrorismo, ações violentas e desestabilização do país. A oposição afirma que as ordens de prisão são arbitrárias.

Na noite de terça-feira (26), a Argentina confirmou que seis cidadãos venezuelanos estão abrigados na embaixada argentina em Caracas. O governo argentino não quis confirmar os nomes, mas a imprensa da Argentina diz que são os mesmos procurados pelo regime de Maduro. A Casa Rosada declarou que depois que a informação vazou de que eles se refugiaram na embaixada, a luz do prédio foi cortada.

Segundo a imprensa argentina, estão no prédio Magallí Meda, Claudia Macero, Humberto Villalobos, Pedro Urruchurtu e Omar González. O único nome ainda não confirmado é de Fernando Martinez Mottola. Todos são da Plataforma Unitária Democrática, coalizão de Maria Corina Machado, principal nome da oposição.

O jornal “La Nación” afirma que o governo de Javier Milei decidiu mandar integrantes das Forças Federais de segurança para reforçar a segurança da embaixada em Caracas.

A falta de compromisso da ditadura chavista com a realização de eleições livres no país e do desgaste político provocado pelo apoio de Lula a Nicolás Maduro desde o início do seu mandato. O comunicado de ontem, respondido com acidez pela chancelaria venezuelana, marca uma mudança da direção nos seguidos gestos de apoio político e votos de confiança no regime.

Integrantes do Planalto já admitiam o desgaste político para Lula por seguidas declarações de confiança em Maduro, seu aliado político. Um interlocutor de Lula lembrou à Coluna do Estadão que a defesa da ditadura venezuelana teve peso na perda de popularidade do presidente, indicada em ao menos três pesquisas. Para essa fonte, não há mais espaço nem político nem diplomático para relativizar os “abusos” de Maduro.

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