Wassef tem celular apreendido após admitir recompra de Rolex nos EUA
O advogado Frederick Wassef teve o celular apreendido e foi alvo de busca na noite desta quarta-feira (16/8), em São Paulo. A operação acontece um dia após Wassef admitir que comprou, nos Estados Unidos, o relógio Rolex que foi dado de presente pelo governo árabe a Jair Bolsonaro (PL) e vendido ilegalmente pelo seu então ajudante de ordens Mauro Cesar Cid.
A Polícia Federal (PF) teria localizado Wassef em uma churrascaria que fica dentro de um shopping, na Zona Sul de São Paulo, e apreendido o telefone do advogado. A informação foi publicada pelo portal G1. O carro de Wassef também teria sido revistado na ocasião.
Investigado pela PF por suposto envolvimento no esquema de venda de joias presenteadas ao Brasil, Wassef declarou na terça-feira (15) que comprou o relógio por US$ 49 mil com seu próprio dinheiro durante as “férias” para “devolver à União” por causa da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que solicitou a devolução dos presentes recebidos na gestão Bolsonaro.
Wassef negou que tenha havido uma “missão de resgaste” para a recompra do relógio, como suspeita a PF, e disse que só revelará “no momento oportuno” quem solicitou que ele fizesse a aquisição do Rolex que havia sido vendido pelo caronal Cid. “Não foi Jair Messias Bolsonaro quem me pediu ou solicitou que comprasse o Rolex”, disse.
De acordo com a PF, Wassef teria ido aos EUA para ajudar o então ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cesar Cid a resgatar o Rolex Day-Date 18946 vendido ilegalmente por ele. A PF já identificou que Cid apagou a maior parte de suas conversas telefônicas com Wassef.
A Polícia Federal já havia encontrado um recibo de compra do relógio Rolex que estaria em nome de Wassef. Em coletiva de imprensa realizada na terça, o próprio advogado exibiu a nota da compra do relógio, da loja Precision Watches.
“Se alguém vai com a missão de fazer o resgate, fica três dias, compra o relógio e volta”, disse Wassef, que afirmou ter passado semanas de férias em diferentes cidades dos Estados Unidos, como Miami, Filadélfia e Nova York, antes de voltar ao Brasil, no fim de março.
Fonte: metrópoles