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Zelensky demite ministro da Defesa em meio escândalos de corrupção

O presidente ucraniano, Volodmyr Zelensky, demitiu o ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, e afirmou neste domingo (3) que o ministério precisa de “novas abordagens” no momento em que a guerra com a Rússia entra em seu 19º mês.

“Esta semana, o Parlamento será solicitado a tomar uma decisão pessoal. Decidi substituir o ministro da defesa da Ucrânia. Oleksii Reznikov passou por mais de 550 dias de guerra em grande escala”, disse o líder ucraniano.

Para o lugar de Reznikov, Zelensky nomeou Rustem Umerov, ex-deputado popular da Ucrânia.

“A Verkhovna Rada [Legislatura] da Ucrânia conhece bem esta pessoa, e o Sr. Umerov não precisa de apresentações adicionais. Espero que o parlamento apoie este candidato”, afirmou Zelensky.

A destituição de Reznikov surge na sequência de uma série de escândalos de corrupção envolvendo o Ministério da Defesa da Ucrânia. Embora Reznikov não tenha sido implicado em nenhum deles, ainda se considera que a situação o prejudicara.

O presidente ucraniano afirmou que erradicar a corrupção em todo o governo da Ucrânia é vital para as chances de Kiev de alcançar a tão esperada adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à União Europeia.

Zelensky fez da repressão aos escândalos internos uma questão central na sua campanha para o cargo.

No sábado (2), um dos oligarcas mais poderosos da Ucrânia e um importante apoiador de Zelensky durante a campanha presidencial em 2019, Ihor Kolomoisky, foi preso como parte de uma investigação de fraude.

Um tribunal de Kiev ordenou que Kolomoisky ficasse 60 dias em prisão preventiva, enquanto as autoridades investigam acusações de fraude contra ele.

O Departamento de Estado dos EUA havia sancionado Kolomoisky em março de 2021, por um suposto envolvimento em “atos corruptos que minaram o Estado de direito e a fé do público ucraniano nas instituições democráticas e nos processos públicos do seu governo”.

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