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Chile terá segundo turno entre comunista e ultradireitista

Crédito: Rodrigo Arangua; Martin Bernetti/AFP

Com mais de 99,15% das urnas apuradas por volta das 23h45 deste domingo (16), Jara tinha 26,71% dos votos e Kast, 24,12%. Janette Jara, candidata comunista da coalizão de esquerda, e Jose Antônio Kast, do partido de ultradireita, disputarão a Presidência do Chile em um segundo turno no dia 14 de dezembro.

Mais de 11 milhões de eleitores foram às urnas neste domingo (16) para escolher quem ocupará a Presidência do país entre 2026 a 2030.

  • Jeannette Jara, do Partido Comunista, apoiada pelo presidente Gabriel Boric – 26,85%
  • José Antonio Kast, da ala de extrema direita do Partido Republicano – 23,93%.
  • Franco Parisi – direita – 19,69%
  • Johannes Kaiser – direita- 13,93%
  • Evelyn Matthei Fornet – direita – 12,48%
  • Harold Mayne-Nicholls Secul – 1,26%
  • Marco Antonio Enríquez-Ominami Gumucio – 1,20%
  • Eduardo Antonio Artés Brichetti – 0,67%

Ex-ministra do Trabalho de Boric, Jara antecipou durante a campanha que não terá “nenhum problema com a questão da segurança”, mas que também garantirá que os chilenos tenham “a segurança de chegar ao fim do mês”. Um de seus projetos contra o crime organizado é o levantamento do sigilo bancário para atacar suas finanças.

O Chile vive uma virada na política. Diferentemente de 2021, quando a esquerda venceu embalada por protestos contra a desigualdade e pela expectativa de uma nova Constituição, o clima agora é outro. Naquela eleição, Boric se tornou o presidente mais jovem da história do país, aos 35 anos.

Quatro anos depois, a nova Constituição não saiu do papel, e o foco da população mudou. A criminalidade aumentou e se tornou a principal preocupação dos eleitores — à frente de temas como economia, saúde e educação.

  • O Chile viu a taxa de homicídios mais que dobrar em dez anos, passando de 2,3 por 100 mil habitantes em 2015 para 6,0 em 2024.
  • Os casos de sequestro também atingiram recorde no ano passado, com mais de 860 registros.
  • Em meio a esse cenário, o Chile enfrentou uma forte onda migratória de venezuelanos que fugiram do regime de Nicolás Maduro.
  • Atualmente, quase 700 mil venezuelanos vivem no país, e parte da população chilena passou a associar o aumento da imigração ao avanço da criminalidade.

Jeannette Jara, de 51 anos, é da coalizão governamental. Ela é a primeira candidata comunista no Chile desde o retorno da democracia ao país.

Já o candidato de ultradireita José Antonio Kast, que já concorreu duas vezes à Presidência do Chile, fez sua campanha no primeiro turno com uma plataforma de linha dura contra o crime.

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