Defesa deixa caso de Hytalo Santos, investigado por exploração de menores

Foto: Reprodução/Instagram
Advogados anunciaram saída do processo em meio a medidas judiciais que bloquearam redes sociais e suspenderam a monetização de conteúdos do influenciador, investigado por suspeita de exploração e exposição de crianças e adolescentes na Paraíba.
A defesa do influenciador paraibano Hytalo Santos comunicou nesta quarta-feira (13) que não irá mais representá-lo no processo em que ele é investigado por suspeita de exploração e exposição de crianças e adolescentes. A decisão ocorre em meio a uma série de medidas judiciais contra o influenciador, que incluem o bloqueio de suas redes sociais e a remoção de conteúdos envolvendo menores.
Por determinação da Primeira Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, a Polícia Militar cumpriu um mandado de busca e apreensão em um imóvel de Hytalo. O condomínio, no entanto, informou que equipamentos eletrônicos já haviam sido retirados antes da operação. A Justiça também ordenou que plataformas suspendam os perfis do influenciador e apaguem qualquer material com a participação de crianças ou adolescentes.
Apreensão
A Justiça da Paraíba apreendeu um computador e aparelhos celulares na casa do influenciador Hytalo Santos, em João Pessoa, nesta quinta-feira (14). A informação é do juiz Antônio Rudimacy Firmino, que determinou novas buscas em endereços do influenciador.
O juiz confirmou que o mandado foi cumprido na mesma casa em que os agentes foram cumprir mandado de busca na quarta-feira (13), mas encontraram o imóvel fechado, sem ninguém. Desta vez, os policiais conseguiram acessar o interior do imóvel e tinham autorização para arrombar as portas, em caso de resistência e necessidade. A Justiça não informou se havia alguém na casa ou se os agentes tiverem de forçar a entrada.
A quantidade de celulares apreendidos não foi informada.
O influenciador paraibano denunciado em vídeo pelo youtuber Felca é alvo de duas ações no Ministério Público da Paraíba (MPPB), em João Pessoa e Bayeux, além de uma investigação no Ministério Público do Trabalho. As buscas desta quinta são relativas às investigações do MPPB.
As buscas foram autorizadas em três locais, todos em João Pessoa:
- Na residência do influenciador, um condomínio de luxo no bairro Portal do Sol;
- Um prédio empresarial no bairro Expedicionários;
- Um prédio empresarial no bairro dos Estados.
E acontecem para apreender:
- Documentos, como contratos, acordos, minutas de peças processuais, ofícios e decisões judiciais; agendas, anotações, papéis, documentos bancários, comprovantes de transferências financeiras, recibos, procurações, apontamentos relativos à distribuição de processos e valores entre os investigados, documentos relacionados às associações mencionadas na investigação, entre outros;
- Dispositivos eletrônicos, como desktops, notebooks, HDs, smartphones, pendrives, tablets, sistemas de armazenamento digital;
- Sistemas eletrônicos utilizados pelos representados, registros de câmeras de segurança dos locais;
- Valores em espécie superiores a R$ 10 mil ou US$ 2 mil, desde que não seja apresentada prova cabal de sua origem lícita.
Conforme o despacho, a busca e apreensão pode acontecer também em hotéis, motéis e outras hospedagens temporárias caso os investigados estejam ausentes dos endereços citados.