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Detalhes do caso do padre flagrado com noiva de fiel em Mato Gosso

Foto: Reprodução/Redes sociais

O caso que envolveu o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nova Maringá (MT), repercutiu nacionalmente após a divulgação de vídeos gravados dentro da casa paroquial mostrando o religioso e uma mulher de 21 anos. O episódio, ocorrido em uma cidade de pouco mais de 5 mil habitantes, desencadeou investigações criminais e o afastamento do padre.

O vídeo, que mostra o momento em que moradores entram na casa paroquial e encontram o padre sem camisa e a jovem escondida embaixo da pia do banheiro, vazou na segunda-feira, 13 de outubro. Em poucas horas, as imagens circularam amplamente pelas redes sociais, alcançando repercussão nacional.

A família da jovem envolvida no episódio registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia do vazamento. Eles denunciaram o compartilhamento ilegal do vídeo, apontando que a mulher teve a intimidade violada e passou por forte abalo psicológico.

De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, o caso é tratado como divulgação indevida de imagens íntimas. “As imagens que expõem a intimidade da vítima foram amplamente divulgadas em redes sociais da internet, ganhando repercussão nacional”, informou a corporação em nota.

As investigações indicam que quatro pessoas estão envolvidas na produção e difusão das imagens.

A versão do padre

O padre Luciano Braga Simplício negou qualquer envolvimento íntimo com a jovem. Em áudio divulgado em 14 de outubro, ele afirmou que a mulher havia pedido abrigo para tomar banho após ter sido assaltada.

“Quando eu estava tomando banho, ouvi ela gritando ‘tem gente, tem gente’. O pessoal já estava bravo, querendo falar comigo. Não teve nada. O problema é que, quando eles chegaram, eu tinha ido tomar banho e ela não queria ser vista, porque já tinha sido assaltada e ficou com medo. Era 11 e pouco”, explicou o religioso.

Nas redes sociais, o padre mantinha dois perfis fechados e um perfil aberto chamado Alô Meu Deus!, onde compartilhava diariamente mensagens de cunho religioso. Após a grande repercussão do caso, ele desativou o perfil. Para o quadro de padres da paróquia, Luciano escolheu: “O que eu desejo é levar-nos ao que é melhor” – uma referência à primeira carta de Coríntios, no capítulo sete, parágrafo 35, em que Paulo ensina aos coríntios para viverem de forma correta e sem distrações para se dedicarem a Deus.

Posição da Igreja

A Cúria Diocesana de Diamantino, responsável pela região, informou que abriu uma investigação interna para apurar a conduta do padre após tomar conhecimento do vídeo. Em 15 de outubro, Luciano Braga Simplício foi afastado da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

De acordo com registros da Diocese de Diamantino, Simplício entrou para o clero em agosto de 2012 e se tornou padre em novembro do mesmo ano. Em janeiro de 2023, o religioso celebrou como novo vigário paroquial a primeira missa em São José do Rio Claro, a 325 quilômetros de Cuiabá. Pouco tempo depois, foi transferido para Nova Maringá. O motivo da mudança, no entanto, não foi divulgado.

Ação da Polícia Civil

O delegado Franklin Aves solicitou à Justiça mandados de busca e apreensão contra os suspeitos. As ordens foram expedidas pela Vara de São José do Rio Claro e cumpridas em 16 de outubro.

O inquérito apura possíveis crimes de constrangimento ilegal qualificado, dano qualificado, invasão de domicílio qualificada, exposição da intimidade e dano psicológico contra a vítima.

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