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02 de setembro, o dia que Argentina parou

Argentinos reagem ao atentado contra Cristina Kirchner com manifestações em toda nação. O principal ato aconteceu na Praça de Maio, um ponto tradicional de comícios e outros atos políticos na frente da Casa Rosada, a sede do governo. Políticos da situação e da oposição repudiaram o ataque à vice-presidente Cristina Kirchner em Buenos Aires.

Imagem do alto da Praça de Maio, em Buenos Aires, em 2 de setembro de 2022 — Foto: Rodrigo Abd/AP

Imagem do alto da Praça de Maio, em Buenos Aires, em 2 de setembro de 2022 — Foto: Rodrigo Abd/AP

Segundo o jornal “La Nación”, Fernández convocou representantes sindicais, empresários, membros de organizações de direitos humanos e representantes de religiões para participar do ato na frente da Casa Rosada e fazer um discurso contra a violência.

A atriz Alejandra Darín, presidente da Associação Argentina de Atores, leu uma carta. Ela é irmã do ator Ricardo Darín.

Ela afirmou que não há como relativizar ou minimizar uma tentativa de homicídio, afirmou que a solidariedade dos líderes da América Latina, dos EUA, da Europa e do papa mostra que o mundo compreende a gravidade do que aconteceu, e que, também internamente, houve acenos de diferentes grupos, como o movimento trabalhador, entidades empresárias, entidades religiosas, associações esportivas e grande parte dos políticos de diferentes ideologias.

No texto, também se diz que há anos “um setor minúsculo dos dirigentes políticos” vem repetindo um discurso de ódio, de criminalização de dirigentes populares do peronismo ou de seus simpatizantes.

A vida democrática, afirmou ela, é incompatível com as ações das minorias violentas que obrigam os dirigentes a tomar ações cada vez mais extremas para contentar essas minorias.

“Ninguém é responsável pelas ações dos outros, mas quem deu minutos no ar a esses discursos deve pensar em como colaborou para que tenhamos chegado a essa situação”, disse ela.

Passeata em defesa de Cristina Kirchner

Protestos mobilizaram argentinos por Buenos Aires nesta 6ª feira (02/08) depois que o presidente argentino, Alberto Fernández, decretou feriado nacional.

Cristina saiu de casa pela primeira vez

Alberto Fernández visitou Cristina na casa da vice-presidente. Segundo o jornal “Clarín”, ele ficou lá por 45 minutos e saiu sozinho.

Depois disso, a vice-presidente também saiu da casa dela. Mais protegida, ela acenou para as pessoas que estavam por perto.

Cristina Kirchner ao deixar seu apartamento pela primeira vez desde a tentativa de assassinato, em 2 de setembro de 2022 — Foto: Luis Robayo/ AFP
Santa Fé reuniu apoiadores de Cristina Kirchner

Cristina enfrenta processos judiciais

Figura divisiva, Cristina Kirchener enfrenta acusações de corrupção ligadas a um suposto esquema de desvio de recursos públicos enquanto foi presidente, entre 2007 e 2015. Um promotor pediu uma sentença de 12 anos de prisão contra ela.

Cristina nega irregularidades, e seus apoiadores foram às ruas e se reúnem diariamente do lado de fora de sua residência.

Mais tarde, o gabinete do presidente Fernández pediu o fim de uma “retórica de ódio”, enquanto Rodríguez Larreta acrescentou: “Hoje, mais do que nunca, todos os argentinos precisam trabalhar juntos pela paz”.

juo

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