Após procedimento, Bolsonaro volta a prisão domiciliar

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixa o hospital DF Star após a realização de procedimentos médicos –
Foto: Pedro Ladeira.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou hoje a prisão domiciliar pela primeira vez desde que foi condenado pela trama golpista para retirar manchas na pele em um hospital de Brasília. O médico dele, Cláudio Birolini, disse que não houve intercorrências no procedimento, e o ex-presidente já voltou para casa, sob forte escolta da polícia.
Ao deixar o hospital, Bolsonaro não falou com a imprensa nem com os seus apoiadores que esperavam na frente do prédio. Depois que o procedimento acabou, por volta das 14h, Birolini e o ex-presidente saíram do edifício. Enquanto o médico conversava com os jornalistas, o ex-presidente assistiu à cena parado, de braços cruzados, e em silêncio. Bolsonaro tinha um curativo na região do pescoço e estava acompanhado de um dos filhos, o vereador de Balneário Camboriú (SC) Jair Renan (PL).
Cirurgião disse que retirou oito lesões da pele de Bolsonaro e encaminhou as amostras para biópsia. De acordo com o pedido médico que havia sido apresentado por Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal) na segunda-feira passada (8), tratava-se de “pequenas manchas marrons regulares”, que passarão agora por análise para saber se são benignas ou malignas.
Procedimento ocorreu dentro do esperado. “A cirurgia correu bem, sem intercorrências. Tudo dentro do previsto, do esperado”, disse o médico.
Bolsonaro também fez, no hospital, exames que apontaram que ele está com “um pouco de anemia”, segundo Birolini. Um boletim médico divulgado após os procedimentos informou ainda que os exames de sangue e de imagem apontaram resíduos no tórax de pneumonias que Bolsonaro teve recentemente. O ex-presidente precisa seguir em tratamento para hipertensão e refluxo, de acordo com o documento.

Foto: Adriano Machado
“Ele é um senhor de 70 anos, que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Está bastante fragilizado por essa situação toda. Está com um pouco de anemia, por ter se alimentado mal nesse último mês. Seguiremos acompanhando de perto.” – Cláudio Birolini, médico de Bolsonaro.
Ex-presidente chegou ao hospital DF Star, em Brasília, às 8h (horário de Brasília), sob forte escolta. Agentes das polícias Federal, Militar, Penal e de Operações Especiais acompanharam-no até o hospital e de volta à casa dele, em um condomínio no bairro Jardim Botânico, a meia hora de carro do DF Star. Seu filho Carlos Bolsonaro (PL), vereador no Rio de Janeiro, criticou o tamanho da escolta mobilizada.
O grupo de apoiadores que esperava o ex-presidente na porta do hospital tinha cerca de 30 pessoas. Eram principalmente mulheres vestidas de verde e amarelo, que leram passagens da Bíblia, cantaram em seu apoio e pediram anistia ao ex-presidente.
fonte: uol