Athletico demite jogadores citados em esquema de apostas
Nomes do lateral Pedrinho e volante Bryan García apareceram em planilhas que constam em apuração da operação Penalidade Máxima. Atletas não foram denunciados.
O Athletico demitiu por justa causa o lateral-esquerdo Pedrinho e o volante Bryan García após os nomes deles aparecerem em uma planilha investigada pela operação Penalidade Máxima, que apura um esquema de apostas em jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro.
A investigação é conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e investiga, por exemplo, se jogadores foram aliciados para alterar ou falsear resultados da competição.
O anúncio do desligamento dos jogadores foi feito nesta sexta-feira (12). Os dois tinham sido afastados do Athletico antes da partida contra o Internacional na quarta-feira (10), em Porto Alegre-RS.
Na ocasião, os paranaenses venceram o jogo por 2 a 0. Os atletas estavam concentrados com o restante da equipe em um hotel na capital gaúcha e retornaram para Curitiba.
Pedrinho e Bryan García não foram denunciados e nem viraram réus no caso. Em nota, o Athletico informou que não se manifestará mais a respeito por entender que a questão deve ser tratada pelas autoridades competentes. Veja a manifestação na íntrega.
“A integridade e a ética são valores irrenunciáveis ao Club Athletico Paranaense. Mais que um esporte, o futebol é manifestação cultural do nosso povo. E por isso, entendemos ser dever de todos, principalmente daqueles que praticam e orbitam o futebol, preservar e proteger este patrimônio, combatendo duramente toda e qualquer conduta que ameace sua dignidade e credibilidade”, diz trecho da nota.
Custo
Juntos, Pedrinho e Bryan García foram comprados por cerca de R$ 17 milhões pelo clube paranaense. O lateral foi adquirido em outubro de 2021 com o Vitória, da Bahia. Já o volante chegou em janeiro de 2022 do Independiente Del Valle, do Equador.
Pelo Athletico, Pedrinho, de 21 anos, disputou 70 jogos, e tinha contrato até 19 de agosto de 2026. Bryan García, 22 anos, jogou 14 partidas e possuía vínculo com a equipe até 8 de fevereiro de 2024.
O advogado Henrique Melo, que defende Pedrinho, explicou que o jogador não assinou documento e que irá se pronunciar assim que o caso for resolvido.
Entenda o caso
A denúncia do Ministério Público na fase dois da operação Penalidade Máxima foi aceita pela Justiça de Goiás. Os atletas investigados vão responder por envolvimento em esquema de apostas em jogos das Séries A e B do Brasileirão. Eles podem ser punidos com até seis anos de prisão.
O MP-GO apresentou duas acusações contra 15 jogadores, enquadrados nos artigos 41-C (solicitar ou aceitar vantagem para falsear resultados de competições esportivas) e 41-D (dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva ou evento a ela associado).
Os atletas podem disputar os jogos do Brasileiro porque ainda não foram julgados pela Justiça Comum e nem pela Justiça Desportiva.
Fonte: g1