Câmara recebe Fórum sobre Cannabis Medicinal

Utilizada da maneira correta, a cannabis medicinal auxilia no desempenho de atletas — Foto: Istock Getty Images
Evento foi uma ação conjunta dos vereadores Lipe Gomes e Neto Gomes
A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia sediou, na última quarta-feira (12), o Fórum Aparecidense de Cannabis Medicinal, uma iniciativa conjunta dos vereadores Lipe Gomes e Neto Gomes. O evento reuniu especialistas para debater os benefícios da cannabis medicinal no tratamento de diversas doenças, com base em dados científicos, visando ampliar o conhecimento e esclarecer a população sobre a relevância do tema.

Durante o fórum, foram discutidos os efeitos terapêuticos da cannabis no tratamento de condições como dor crônica, epilepsia e transtornos neurológicos, entre outras enfermidades que podem se beneficiar da terapia canábica. O debate ocorreu em um momento oportuno, pois tramita na Câmara o Projeto de Lei Nº 012/2025, de autoria dos vereadores Lipe Gomes e Neto Gomes, que propõe a criação do Programa Municipal de Fornecimento Gratuito de Medicamentos à Base de cannabis. O projeto prevê a distribuição de fitofármacos e fitoterápicos derivados da planta nas unidades de saúde do município, incluindo instituições privadas ou conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS)v.

Segundo os autores da proposta, a iniciativa busca garantir o acesso ao tratamento para pacientes que necessitam da cannabis medicinal, mas enfrentam dificuldades devido ao alto custo dos medicamentos.

O fórum contou com a participação de figuras públicas e especialistas, como o médico integrativo Dr. Ronaldo Bufaiçal, o representante da OAB/GO e presidente da ÁGAPE Dr. Yuri Tejota, o ex-presidente da IQUEGO e chefe de gabinete do vereador Neto Gomes, José Carlos, o advogado da ÁGAPE Dr. Matheus Scoponi, o farmacêutico e diretor técnico da ÁGAPE Simon Teixeira Costa, o especialista em uso de cannabis medicinal em animais Dr. Lucas Mascarenhas, o médico integrativo Dr. João Carlos Normanha, a representante do Conselho Regional de Odontologia de Goiás Dra. Raquel Barbosa Pires e o vice-prefeito de Aparecida João Campos.
12 doenças que podem ser tratadas com maconha medicinal
- Autismo (THC+CDB) – Controle da ansiedade e agitação, reduzindo a hiperatividade e beneficiando o controle do sono.
- Câncer (CDB, podendo ser associado ao THC) – A cannabis medicinal não trata a doença em si, mas pode ser usada no tratamento de náuseas e vômitos causados por quimioterapia e radioterapia, melhorando a qualidade de vida do paciente.
- Demências como Alzheimer (CDB) – Redução da gliose reativa e da resposta neuro inflamatória, com indícios sobre os impactos no desenvolvimento de déficits cognitivos.
- Dor crônica (CDB) – Os efeitos analgésicos auxiliam na redução de dores crônica, incluindo dor neuropática, dor devido a lesões na medula espinhal, artrite, dores musculares e até mesmo em síndromes dolorosas causadas pela endometriose.
- Espasticidade muscular (THC) – Melhora de quadros de rigidez e movimentos involuntários musculares em pacientes com esclerose múltipla e lesão medular.
- Epilepsia (CDB) – Melhora significativa das convulsões, sendo uma das principais indicações formais para epilepsias de difícil controle.
- Estresse pós-traumático (CDB) – Redução dos sintomas de ansiedade e melhora dos parâmetros de sono.
- Fibromialgia e dor crônica (CDB) – Os efeitos analgésicos e relaxantes ajudam a diminuir dores e inflamações.
- Transtornos de ansiedade (CDB) – Redução dos sintomas de ansiedade e melhora dos parâmetros de sono.
- Mal de Parkinson (CDB)
- Glaucoma (THC) – Atinge diretamente o nervo óptico dos olhos. Como o globo ocular possui receptores canabinoides, a cannabis medicinal pode favorecer a redução da pressão intraocular momentânea. Há relatos de pacientes de que o uso da cannabis medicinal pode reduzir o embaçamento da visão e melhorar a percepção visual.
- Lesões musculares (CDB) – Contém propriedades analgésicas e anti-inflamatórias que podem ajudar a aliviar a dor associda a lesões esportivas e outras condições. Por melhorar o sono e o estresse, também contribui para a recuperação muscular, prevenindo lesões.
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Fonte: Departamento de Comunicação da Câmara / EuAtleta-Globo