Cine São Joaquim exibe série de animação sobre Cora Coralina
O Cine Teatro São Joaquim, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) na cidade de Goiás, exibe neste sábado (05/11), às 19h, o lançamento da série de animação “A Infância de Aninha”. O projeto sobre a Cora Coralina foi produzido pela Maison du Cinéma e dirigida pela premiada cineasta Rosa Berardo.
A série conta com 13 episódios de 10 minutos cada. Todo o conteúdo foi adaptados das obras da escritora vilaboense. As animações são voltadas para crianças de 4 a 10 anos de idade e a entrada é gratuita.
A produção tem como cenário a cidade de Goiás, com todos os ícones da saudosa Vila Boa, como a Casa de Cora, o Chafariz, o Coreto, as ruas de pedras e a arquitetura colonial portuguesa. O objetivo é apresentar às crianças e aos adultos um pouco da cultura e das tradições goianas.
Segundo a diretora, o filme já participou de festivais no Brasil, em Portugal e na França. Para ela, o principal intuito é divulgar a vida e o trabalho da poetisa não só em Goiás, mas para todo o Brasil.
Vilaboense
Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, antiga Villa Boa, no dia 20 de agosto de 1889, na Casa Velha da Ponte, às margens do Rio Vermelho, casa que hoje abriga um museu que conserva a memória da escritora. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, uma dona de casa, Cora cursou apenas até a terceira série do curso primário.
O pseudônimo Cora Coralina foi escolhido porque na cidade de Goiás havia muitas “Anas”, em homenagem à padroeira local, Sant´ Ana. E Cora não queria ser mais uma “Ana”. Ela explicava que “Cora” vem de coração e “Coralina” significa a cor vermelha, daí surgiu o nome “Cora Coralina”.
Apaixonada pela literatura, Cora começou a escrever seus primeiros versos aos 14 anos, textos que mais tarde foram publicados em jornais de Goiânia e de outras cidades. O primeiro livro veio em 1965, intitulado Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, lançado já aos 76 anos. Seus textos falam da vida simples e compõem uma extensa obra ainda não completamente divulgada.
Fonte: Secretaria de Estado de Cultura