Esporte

Dorival Júnior aceita o convite e, é o novo técnico da Seleção Brasileira

Dorival Júnior será o novo treinador da seleção brasileira. O técnico comunicou sua decisão à diretoria do São Paulo neste domingo, após convite de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. O anúncio deve ocorrer até quarta-feira.

Dorival, 61 anos, se despediu do São Paulo após o treino deste domingo, no CT da Barra Funda, e não trabalha mais no clube. Os auxiliares Lucas Silvestre, que é filho do treinador, e Pedro Sotero vão permanecer no Tricolor até que a diretoria encontre um substituto. Depois, irão para a Seleção.

Dorival Júnior virou alvo da CBF depois que Ednaldo Rodrigues voltou ao comando da confederação, na última quinta-feira. O primeiro ato do presidente foi entrar em contato com Julio Casares, presidente do São Paulo, e avisar que gostaria de contratar o técnico.

Dorival Júnior ouviu também que, em caso de novas eleições presidenciais na CBF, terá o apoio de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol e favorito para suceder Ednaldo Rodrigues.

As conversas com Ednaldo deram segurança para Dorival. Enquanto isso, o treinador já comandou três treinos no CT da Barra Funda em 2024: dois no último sábado e um neste domingo.

Como treinador, passou por Ferroviária, Figueirense, Fortaleza, Avaí, Juventude, Criciúma, Sport, São Caetano, Cruzeiro, Coritiba, Vasco, Santos, Atlético-MG, Internacional, Flamengo, Palmeiras, Fluminense, Athletico, Ceará e São Paulo.

Para comandar a Seleção Brasileira é preciso ter ‘jogo de cintura’. A começar com o relacionamento com Neymar, ainda a principal figura da Seleção Brasileira.

Dorival e Neymar tiveram um problema gravíssimo no Santos, que acabou custando o emprego do treinador, em 2010. O técnico não quis que ele cobrasse um pênalti diante do Atlético Goianiense. Foi o que bastou para o atleta fazer um escândalo inesquecível.

Dorival queria afastá-lo do time, para o punir, mas a direção santista optou em demtir o treinador. Neymar e o técnico se acertaram. O atacante pediu desculpas por interromper um trabalho que era ‘muito vitorioso’ no Santos.

Ao contrário de Fernando Diniz, que para fazer seus jogadores compreenderem seu esquema tático leva meses, com Dorival tudo é mais simples.

Porque não há tanta variação tática nas equipes que comanda. No relacionamento com os atletas ele é muito mais próximo, não é ‘hierárquico’ como Abel Ferreira.

Ednaldo Rodrigues não quis mais um treinador ‘tão difícil para os atletas’ quanto Fernando Diniz

Permite conversas, sugestões táticas.

E é pela convivência harmônica.

Foi só com ele que Gabigol e Pedro puderam atuar juntos como titulares no Flamengo, com ótimo desempenho. Com as conquistas da Libertadores e da Copa do Brasil.

A CBF, que já desperdiçou um ano de preparação para a Copa do Mundo dos Estados Unidos, com os interinos Ramon e Fernando Diniz, esperando Carlo Ancelotti, que preferiu ficar no Real Madrid, finalmente tem um treinador.

Ednaldo não cumpriu sua palavra.

Quando o Brasil foi eliminado da Copa do Catar, no segundo fracasso de Tite, ele prometeu que a Seleção contrataria um dos melhores técnicos do mundo.

O que não é o caso de Dorival Junior. Ele é um ótimo técnico para os parâmetros sul-americanos. Não mundial. Mas pelo menos, a Seleção tem um comandante sem utopia, como era Diniz.

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