Política

Ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano e sua esposa Sulnara Gomes Santana, ficam inelegiveis por 8 anos

Fotos: Reprodução

A Justiça Eleitoral de Goiás, condenou nesta quarta-feira (6), o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano e sua esposa ex-primeira dama e secretária municipal de Assistência Social, Sulnara Gomes Santana, por abuso de abuso de poder político durante as eleições municipais de 2024.

A sentença, assinada pela juíza Christiane Gomes Falcão Wayne, da 119ª Zona Eleitoral, aponta que o núcleo político liderado por Vilmar e Sulnara se valeu da estrutura da Prefeitura para coagir servidores comissionados. Segundo o processo, houve ameaças e exonerações reais de funcionários com o objetivo de forçar apoio político à candidatura de preferência do grupo.

Vilmar e Sulnara foram declarados inelegíveis por oito anos, contados a partir das eleições de 2022, e ainda deverão pagar multa individual de R$ 30 mil.

A Justiça reconheceu o abuso de poder político, mas rejeitou a tese de abuso de poder econômico, por entender que não houve provas de uso indevido de recursos financeiros ou materiais da administração pública para benefício eleitoral.

Restou comprovado que o núcleo político composto por Vilmar Mariano da Silva e Sulnara Gomes Santana se valeu de sua posição de poder para intervir indevidamente na estrutura da Administração Pública Municipal, utilizando-se da ameaça de exoneração […] como instrumento de pressão e fidelização política”, afirmou a juíza na sentença.

A decisão também afastou qualquer responsabilidade de Alcides Ribeiro Filho, Max Menezes e Olair Silva Gomes, todos citados na ação, mas sem comprovação de envolvimento direto ou indireto com os atos abusivos.

A mera afinidade política com os agentes autores do abuso, por mais evidente que seja, não pode, por si só, fundamentar a condenação”, afirma a magistrada ao rejeitar as acusações contra Alcides Ribeiro, que foi candidato à prefeitura de Aparecida de Goiânia.

A decisão não é definitiva e cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). Até o momento, a defesa dos condenados não se manifestou sobre o caso.

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