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Governo Federal reconhece estado de calamidade em 79 cidades no RS; número de mortes chega a 41

O Minist´rio da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR),  reconheceu nesta quinta-feira (7) estado de calamidade pública de 79 cidades do Rio Grande do Sul. O número de mortes no estado subiu para 41, segundo o último boletim divulgado.

Segundo a pasta, a medida visa agilizar o atendimento da Defesa Civil Nacional e dos órgãos competentes à população do estado afetada pela passagem de um ciclone extratropical nesta semana.

De acordo com a Defesa Civil estadual, 79 municípios foram atingidos, com mais de 1,6 mil pessoas desabrigadas, 3 mil desalojadas e mais de 52 mil afetadas de alguma forma..

Com o estado de calamidade, os municípios poderão solicitar recursos para o atendimento de primeira hora à população afetada. Eles também poderão apresentar planos de trabalho para reconstrução das áreas atingidas.

Os recursos servem para socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada, como estradas.

O ministério informou que a solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) Com base nas informações enviadas, a Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.

De acordo com a pasta, equipes da Defesa Civil Nacional estão no Rio Grande do Sul desde segunda-feira (4), dando apoio às prefeituras das cidades atingidas na elaboração dos pedidos de reconhecimento de situação de emergência e de repasse de recursos para assistência humanitária e restabelecimento dos serviços essenciais.

As cidades que tiveram o estado de calamidade reconhecido são:

  • Água Santa;
  • André da Rocha;
  • Arroio do Meio;
  • Bento Gonçalves;
  • Boa Vista das Missões;
  • Boa Vista do Buricá;
  • Bom Jesus;
  • Bom Retiro do Sul;
  • Cachoeira do Sul;
  • Cachoeirinha;
  • Camargo;
  • Campestre da Serra;
  • Candelária;
  • Carlos Barbosa;
  • Casca;
  • Caxias do Sul;
  • Chapada; Charqueadas;
  • Ciríaco;
  • Colinas;
  • Coqueiros do Sul;
  • Cotiporã;
  • Coxilha;
  • Cruz Alta;
  • Cruzeiro do Sul;
  • David Canabarro;
  • Encantado;
  • Erechim;
  • Espumoso;
  • Estação;
  • Estrela;
  • Eugênio de Castro;
  • Farroupilha;
  • Getúlio Vargas;
  • Ibiraiaras;
  • Imigrantes;
  • Ipê;
  • Itapuca;
  • Jacuizinho;
  • Jaguarí;
  • Lagoão;
  • Lajeado;
  • Lajeado do Bugre;
  • Mato Castelhano;
  • Marau, Montauri;
  • Montenegro;
  • Muçum;
  • Muliterno;
  • Nova Araçá;
  • Nova Bassano;
  • Nova Roma do Sul;
  • Novo Hamburgo;
  • Palmeiras das Missões;
  • Panambi;
  • Paraí;
  • Passo Fundo;
  • Protásio Alves;
  • Roca Sales;
  • Sagrada Família;
  • Santa Maria;
  • Santa Tereza;
  • Santo Ângelo;
  • Santo Antônio do Palma;
  • Santo Cristo;
  • Santo Expedito do Sul;
  • São Domingos do Sul;
  • São Jerônimo;
  • São Jorge;
  • São Nicolau;
  • São Sebastião do Caí;
  • Sapiranga;
  • Sarandi;
  • Sede Nova;
  • Serafina Corrêa;
  • Sertão;
  • Taquari;
  • Vacaria;
  • Vanini.

Número de vítimas deve crescer no RS

O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), explicou que o número de vítimas no Rio Grande do Sul deve crescer porque, a partir deste momento, as equipes de socorro começam a conseguir acessar áreas que, até então, estavam isoladas.

Segundo Leite, a região mais afetada do estado é o chamado Vale de Taquari, que além de receber muita chuva nos últimos dias, também recebe a elevação das bacias hidrográficas da localidade.

O Vale de Taquari está localizado a cerca de duas horas da capital Porto Alegre.

Por isso, há uma atenção especial do governo para as chuvas dos próximos dias na capital. “A água continua descendo, e a gente prevê ainda efeitos na região metropolitana [de Porto Alegre], na bacia do rio Gravataí. Estamos especialmente atentos porque deve vir mais chuva a partir de amanhã”, disse.

Leite assinou, na quarta-feira (6), o decreto de situação de calamidade pública por conta da passagem do ciclone extratropical pelo estado.

O decreto tem validade de 180 dias, a partir da publicação, e ocorre em decorrência da catástrofe climática ocorrida entre os dias 3 e 6 de setembro.

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