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Grupo que ostentava vida de luxo é preso suspeito de usar moradores de rua para abrir empresas ‘fantasmas’ e adquirir consórcios

Foram apreendidos R$ 35 milhões em bens, entre eles, uma Lamborghini avaliada em cerca de R$ 1 milhão. Prisões aconteceram em Goiânia, Anápolis, Corumbá, Goianésia, Jaraguá e Uruaçu.

Um grupo que ostentava uma vida de luxo foi preso nesta terça-feira (11/10) suspeito de usar moradores de rua como “laranjas” para abrir empresas “fantasmas” e adquirir cartas de crédito em consórcios, em Goiás. Ao todo, 134 veículos foram apreendidos com os suspeitos, entre eles, uma Lamborghini avaliada em cerca de R$ 1 milhão.

Segundo a Polícia Civil, a Operação Cota Criminosa prendeu preventivamente 14 suspeitos em Goiânia, Anápolis, Corumbá de Goiás, Goianésia, Jaraguá e Uruaçu. Além deles, outros oito seguem foragidos.

Segundo a Polícia Civil, com os envolvidos, foram apreendidos mais de R$ 35 milhões em bens. Entre os investigados, estão dois advogados.

Esquema forjado

Segundo o delegado responsável pelo caso, Thiago Martiminiano, o grupo, com a ajuda de advogados e contadores, criava empresas fantasmas em nomes de “laranjas”, fazia movimentações nas contas falsas e conseguia dar lances para adquirir cartas de consórcios em concessionárias.

“Eles forjavam balancetes, faziam algumas movimentações nas contas para simular que era uma empresa economicamente ativa e saudável. Depois participavam de consórcios, faziam um lance robusto, retiravam as cartas de créditos e adquiriam veículos”, explicou o delegado.

Carros apreendidos durante operação da Polícia Civil em Goiás — Foto: Divulgação/PCGO

Depois de adquirida a carta de consórcio, os suspeitos não pagavam as parcelas dos créditos e vendiam os carros pela metade do preço, apenas com uma procuração, esquema conhecido como “finam”.

“Eles iam até concessionárias, adquiriam carros de luxo e vendiam veículos como “finam”. Quando as instituições iam cobrar as taxas do consórcio, encontravam moradores de rua, empresas que nem endereços tinham”, disse o investigador.

Os nomes das empresas que concederam os créditos aos investigados não foram divulgados bem como os valores dos prejuízos causados às financeiras.

Fonte: g1

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