Homem ameaçou juiz de morte para que ele mudasse decisão, em Goiás

Policiais investigam a casa de suspeito de ameaçar juiz e servidores da Justiça, em Goiás – Foto: Divulgação/Polícia Civil
Um homem de 53 anos, foi preso suspeito de ameaçar um juiz para que ele mudasse uma sentença alegava ser herdeiro de uma fazenda em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, informou a Polícia Civil. Ele se revoltou após perder a disputa judicial pela propriedade, revelou ainda a polícia.
O suspeito foi preso no sábado (5). Em entrevista, a delegada Aline Cardoso, responsável pelo caso, contou que o homem, que é autônomo, não morava na propriedade, vivendo em uma casa em Alexânia. Segundo ela, as ameaças começaram em fevereiro, após ele ser derrotado diversas vezes na Justiça enquanto disputava pela terra.
“Ele teve sucessivas derrotas na Justiça e, inconformado com essas decisões, passou a ameaçar o magistrado e servidores da Justiça”, disse a delegada.
Aline contou que as primeiras ameaças ocorreram contra servidores da cidade do suspeito, mas após o processo entrar em fase de execução da sentença, a ação foi transferida para o Fórum de Corumbá de Goiàs, cerca de 45 km de onde ele mora, em razão das ameaças.
“Quando esse processo foi para Corumbá, ele passou a ameaçar e tentar coagir o juiz de Corumbá”, afirmou.
Ameaças
Segundo as investigações, o suspeito ameaçou todos os servidores que ele teve contato, chegando a ligar para o telefone funcional do fórum e ameaçar aqueles que atendiam de forma indireta, alegando que, se o processo não fosse revisto, prenderia o servidor em flagrante.
Na delegacia, Aline Cardoso contou que o homem chegou a mostrar prints de pesquisas feitas na internet sobre o artigo 301 do Código de Processo Penal Brasileiro, que permite que qualquer cidadão dê voz de prisão a quem estiver cometendo um crime.
Ainda de acordo com a polícia, os principais alvos das ameaças eram os magistrados, como o juiz que o suspeito ameaçou de morte.
Em nota, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que, após as ameaças, trabalhou em conjunto com a Polícia Civil através da Divisão de Inteligência e Segurança Instrucional do órgão para investigar o ocorrido, levando à prisão do homem.
Segundo a polícia, o suspeito deve responder pelos crimes de ameaça, coação no curso do processo e injúria. Após representação da polícia, a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito.