Israelenses protestam contra a reforma judiciária
Protestos em massa tomaram as ruas de Tel Aviv, Israel, nesta segunda-feira (13). Um dos participantes do ato segurava um cartaz com a frase: “Com nossas almas e nosso sangue, nós defenderemos nossa democracia – Um sobrevivente do Holocausto”. As manifestações, contrárias as reformas judiciária controversas que tira poderes da Suprema Corte do território e os entrega para o Parlamento, liderado pelo político de extrema direita Benjamin Netanyahu.
Em frente ao Parlamento israelense, milhares de pessoas se reuniram agitando bandeiras israelenses e faixas com mensagens como “Salve a democracia israelense” ou “País em falência moral”.
Os organizadores do movimento de protesto consideram que esta reforma põe em perigo o caráter democrático do Estado de Israel e também convocaram uma greve nacional para esta segunda-feira.
Em um raro discurso à nação na noite de domingo que abordou o plano de reforma, o presidente Isaac Herzog alertou que Israel estava “à beira do colapso legal e social”.
Herzog, que tem um papel amplamente cerimonial, pediu ao governo de Netanyahu que suspendesse o processo legislativo e conversasse com a oposição para chegar a um acordo.
“Peço que não apresente o projeto de lei na primeira leitura”, disse Herzog. No entanto, a comissão responsável por analisar a proposta do ministro da Justiça, Yariv Levin, aprovou algumas partes da legislação nesta segunda-feira.
A proposta busca aumentar o poder dos cargos eleitos sobre o judiciário e limitaria significativamente a capacidade do Supremo Tribunal de anular leis e decisões do governo.