Professores de educação física, conselheiros do órgão e a sociedade de modo geral estão cobrando um posicionamento firme do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e do Conselho Regional de Educação Física da 14ª Região (CREF14/GO-TO) e das autoridades policiais com relação sobre quais ações estão sendo implementadas para apuração dos fatos gravíssimos noticiados e que envolvem dois ex conselheiros (Bruno e Maradona) e um profissional, Auricelio. Denunciam que “essas pessoas continuam atuando profissionalmente sem nenhuma restrição e a classe, bem como a sociedade, precisa de respostas sobre esses fatos criminosos”.
Bruno Jose Rosa Gonçalves de Matos, por exemplo, é investigado por vender ilegalmente diplomas, carteirinhas de estudante, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e estágios. O educador físico fez parte da Chapa 1, que saiu vitoriosa nas recentes eleições no CREF14 e, agora, pleiteia a presidência do órgão. Seus próprios colegas de chapa estão indignados com a “cara de pau” do colega, que insiste em ser presidente, mesmo depois desses atos criminosos praticados por ele, fatos que deixaram seu nome manchado por escândalo de corrupção.
Conforme notícia divulgada no site Brasil48h, Bruno Matos passou a ser investigado por calúnia e difamação contra a atual gestão do CREF14, haja vista que já pensava em concorrer ao cargo de presidente do Conselho e passou a caluniar a atual composição. Durante as apurações sobre a calúnia, Bruno foi alvo de operação de busca e apreensão da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DERCC) e teve o aparelho celular apreendido. No celular de Bruno, a Polícia encontrou conversas de WhatsApp que mostram o educador físico negociando a venda de carteirinhas de estudante para pessoas que não possuem qualquer vínculo acadêmico.
Além disso, os investigadores encontraram diálogos claros envolvendo negociações sobre a venda de diplomas do Ensino Médio, além de estágios e TCC. Segundo as apurações, o esquema envolvia também Auricelio Alves de Sousa e Osvaldino Ferreira Nunes Júnior, o Maradona, nomes que também fizeram parte da chapa de Bruno na disputa pelo CREF14. E para piorar a situação de Bruno, ele é proprietário de uma faculdade, o que facilita o acesso a tais documentos. Segundo a Polícia, o educador físico utiliza a posição privilegiada para legitimar os documentos fraudulentos.
Portanto, se como conselheiro Bruno já está envolvido em esquemas de corrupção, imagine se for eleito presidente do CREF14… Será que Ludgero Galli, Simão Jorge e Célio de Paula, pessoas extremamente honradas, sabem dos atos de integrantes da chapa que eles compõem? A categoria precisa pensar muito bem em quem escolher para representar os profissionais da área, que necessitam, isso sim, cada dia mais, de gente comprometida com a classe.
