Polícia

Líder de facção, filho de agente da Abin tem longa ficha criminal

Igor Barbosa da Trindade, 32 anos, preso na última terça-feira (14/2) e apontado como uma das lideranças da facção carioca Comando Vermelho na capital do país, é um velho conhecido da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Em 2012, ele foi detido durante operação que desarticulou organização criminosa que traficava mais de 300 quilos de maconha e 1 quilo de cocaína para Brasília.

Na época, a droga prensada foi apreendida dentro de um caminhão na BR-040, próximo a Cristalina (GO), por policiais da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord). Cerca de 15 traficantes foram presos – entre eles, Igor GG, como é conhecido.

Os criminosos roubavam carros do DF e levavam para trocar por droga no Mato Grosso do Sul e no Paraná. Depois de efetivada a permuta, eles contratavam motoristas de empresas de frigorífico para fazer o transporte dos entorpecentes até Brasília, sem levantar suspeita da polícia.

As investigações tiveram início após os traficantes entrarem na capital com 100 kg de maconha, três meses antes da apreensão de 300 kg. A polícia também apreendeu armas de grosso calibre, munições, cinco carros e uma motocicleta.

No mesmo ano, após ter sido preso, Igor foi autuado por vender drogas no interior do Complexo Penitenciário da Papuda. Ele escondia os entorpecentes em sua cela e negociava com outros detentos.

Em uma das revistas, agentes penitenciários encontraram várias porções de maconha, crack e cocaína nos bolsos das vestimentas de Igor.

Além dessas ocorrências, ele possui passagens pela polícia por porte de arma, tripla tentativa de homicídio, coação no curso do processo e homicídio.

Tentativa de homicídio

Em 2016, o homem apontado como uma das lideranças do Comando Vermelho foi condenado a mais de 10 anos de prisão por tentar matar três rapazes, com disparos de arma de fogo. O caso ocorreu em frente a uma boate localizada no Setor de Clubes Esportivos Sul, no ano de 2012.

Igor foi condenado por tentativa de homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.

De acordo com a sentença, ele teria efetuado diversos disparos de arma de fogo – fora e dentro da boate, que estava lotada –, “colocando em intenso risco não só as pessoas com quem havia brigado instantes antes como ainda muitas outras, homens e mulheres”.

Nova prisão

Igor Barbosa da Trindade, 32 anos, chegou a ser perseguido por uma equipe da Polícia Militar do DF (PMDF) antes de detido, perto de uma faculdade particular na 708 Norte, por volta das 20h, da última terça-feira (14/2).

Durante buscas feitas no veículo, a PM localizou uma pistola Glock, modelo G25, calibre 380, com numeração raspada. A arma estava embaixo do tapete dianteiro, do lado do motorista, com carregador e 13 cartuchos intactos. O item tinha, ainda, um aparelho de mira a laser acoplado à ponta.

Sozinho no carro, Igor confessou que comprou o armamento. Alegou que usava o item para “defesa pessoal”, por ser sentenciado em cumprimento de pena no Centro de Progressão Penitenciária, e pontuou que tem benefício de trabalho.

Disse ainda que, por ter “guerras” na rua, precisava andar armado. E acrescentou que, antes de ser preso, morava com os pais na Asa Norte e trabalhava na Administração Regional de Brazlândia.

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