Economia

Mercado financeiro não acredita mais em juros abaixo de 10% ao ano no governo Lula

Banco Central é o responsável por definir a taxa de juros – Foto: Flickr do Banco Central

Antes previsto para 2024, o recuo da taxa de juros para o patamar de um dígito, ou seja, abaixo de 10% ao ano, não acontecerá mais no atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Essa é a projeção dos economistas do mercado financeiro, captada por meio da pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) com mais de 100 bancos na semana passada.

A taxa de juros é definida pelo Banco Central com base no sistema de metas de inflação. O BC fixa a Selic olhando para frente, tendo por base as estimativas para o comportamento dos preços nos próximos anos.

Se as projeções estão em linha com as metas, pode manter ou baixar os juros. Se estão acima, a saída é elevar a taxa básica.

Juros altos têm consequências na economia e nas contas públicas. Eles tendem a frear o crédito, que fica mais caro, o consumo, o ritmo de atividade e o crescimento do emprego.

Ao mesmo tempo, elevam as despesas com juros do setor público e pressionam o endividamento , que atingiu 78,6% do PIB em outubro. Esse é um patamar elevado para o padrão de países emergentes.

Nos primeiros anos de seu governo, o presidente Lula, e representantes do Partido dos Trabalhadores, criticaram abertamente o presidente do BC, Roberto Campos Neto, por não baixar tanto os juros, ou por elevá-los. Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ele foi acusado de atuar politicamente.

fonte: g1

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