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Muita gente me subestima, diz Patrícia Poeta

Em seu camarim na sede da Globo, em São Paulo, Patrícia Poeta tem orgulho de mostrar os presentes que ganhou de pessoas que participam da plateia de sua atração na Globo. É uma prateleira cheia de desenhos, canecas, cartas, cartazes.

“Todos os dias recebo isso. Canecas, quadros, desenhos. Fico emocionada todos os dias”, Por estar diariamente no Encontro, Patricia diz que muita gente se sente íntima dela. E a intenção da apresentadora de 48 anos é essa mesmo.

“Acordo às quatro da manhã, faço reuniões antes e depois do programa. Hoje, eu vivo para o meu trabalho, corro muito atrás de fazer um bom trabalho”, afirma a apresentadora em entrevista para a coluna.

De fato, o Encontro tem conseguido bons resultados. Em 2024, são 7 pontos de audiência na Grande São Paulo e no PNT (Painel Nacional de Televisão).
Neste ano, Patrícia e o programa estão saindo mais do estúdio. Uma dessas filmagens, foi por um motivo difícil e delicado: as enchentes do Rio Grande do Sul, estado natal da jornalista.

“Nós fizemos aquele programa na cara e na raça. Eu só tinha um retorno e muitas vezes caía, não ouvia o que me falavam”, conta. Patricia também relembra quando encontrou uma parente. Sua mudança de sotaque foi evidente.

“Quando estou com meus familiares, viro gaúcha. Por isso minha voz mudou na hora. Com minha mãe, é muito assim. Ela assiste a mim e à minha irmã todos os dias, comenta, liga, avalia”, revela, em referência a Paloma Poeta, sua irmã que é repórter e apresentadora da Record. “Digo que é minha irmã da concorrência (risos)”, brinca.

Etarismo

Mesmo realizada no trabalho, Patrícia, 48, diz que ainda sofre alguns preconceitos. Na sua visão, houve melhora, mas ainda há muito pé atrás com mulheres mais experientes que estão na televisão, como é o seu caso. Melhorou um pouco, ela avalia, mas ainda não chegou ao que considera o ideal.

“Sinceramente, tenho sentido mais aceitação. Há claramente uma conscientização maior do papel da mulher madura na televisão e na sociedade. Mas ainda falta muita coisa para a gente evoluir e chegar onde tem que ser. Eu vejo cada vez mais mulheres com a minha idade com espaço, e isso é ótimo, mas ainda sinto que muita gente olha torto”, comenta.

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