Onde investir na renda fixa para chegar mais rápido a R$ 1 milhão?
Segundo a coluna de Silvio Crespo, para quem está juntando dinheiro a longo prazo e não está disposto a correr riscos.
Abaixo, você verá quanto tempo você tende a levar para chegar a R$ 1 milhão investindo R$ 1.000 por mês nas modalidades de investimento mais seguras do país: a poupança, tesouro direto e CDB. Veja também cuidados para juntar esse valor e o que fazer para não perder para a inflação.
Poupança: 58 anos
Aplicando R$ 1.000 por mês na poupança, seria necessário esperar 58 anos para se ter o equivalente a R$ 1 milhão na conta, corrigido pela inflação do período. Para isso, é necessário fazer uma correção anual: ajustar as aplicações pela inflação. Se a inflação for de 7% ao ano, no ano seguinte o dinheiro guardado todos os meses precisa ser R$ 1.070. Já no ano seguinte, precisa subir para R$ 1.144,9, por exemplo. Essa enorme demora ocorre porque a poupança, atualmente, rende pouca coisa a mais que a inflação. Enquanto a rentabilidade da caderneta está em 0,67% ao mês, o principal índice de preços do país, o IPCA, tende a aumentar 0,57% ao mês, em média, segundo projeções de analistas ouvidos pelo Banco Central.
Tesouro Direto: 36 anos
Com o Tesouro Direto, já seria possível economizar 22 anos, em comparação com a poupança.
Investindo R$ 1.000 por mês no Tesouro IPCA, um título do Tesouro Direto, você tende a atingir o equivalente a R$ 1 milhão daqui a 36 anos, se considerarmos o ritmo atual de rendimento dessas duas aplicações.
Foi usado nesse cálculo o Tesouro IPCA com vencimento em 2045. Hoje, o rendimento está em IPCA + 5,76%. Nesse caso, após o vencimento do título, você teria que reaplicar o dinheiro em um outro papel, com novo prazo de vencimento.
CDB a 120% do CDI: 30 anos
Um CDB com rentabilidade de 120% do CDI, a tendência é levar cerca de R$ 30 anos para se chegar ao equivalente a R$ 1 milhão, com investimentos mensais de R$ 1.000.
No entanto, é recomendável tomar dois cuidados.
O primeiro é nunca deixar acumular mais de R$ 250 mil em CDBs de um mesmo banco. Caso a instituição financeira que emitiu esses ativos quebre, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) se compromete a pagar os valores devidos aos investidores, desde que não ultrapasse R$ 250 mil por CPF.
O segundo ponto de atenção é que, para cada novo aporte, é emitido um novo CDB. Após 60 meses, portanto, você terá 60 CDBs na sua carteira, considerando que eles tenham prazo de cinco anos. A partir desse momento, todo mês você terá um vencimento de um novo CDB e precisará reaplicar o dinheiro, o que dará um certo trabalhinho.
Inflação
As simulações consideram que você acumulará, ao final do período, o valor de R$ 1 milhão corrigido pela inflação do período.
Por exemplo, investindo em CDB, daqui a 30 anos você teria R$ 7,6 milhões. Porém, por conta da inflação, esse valor teria um poder de compra equivalente ao de R$ 1 milhão hoje.
A taxa de inflação considerada foi de 7% ao ano, que corresponde, aproximadamente, às projeções de diversos analistas que o Banco Central consulta semanalmente.
Este material é exclusivamente informativo, e não recomendação de investimento. Aplicações de risco estão sujeitas a perdas. Rentabilidade do passado não garante rentabilidade futura.
Fonte: uol