PF prende dois suspeitos de “ameaça e stalking” a família do ministro do STF Alexandre de Moraes
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (31), dois suspeitos de ameaçarem a família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação foi revelada pelo G1 e confirmada pelo.
Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos no Rio de Janeiro e em São Paulo, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Um dos presos é o fuzileiro naval da Marinha Raul Fonseca de Oliveira. O outro é irmão dele. A Marinha acompanha a operação contra o segundo-sargento da Força Armada.
Os crimes que estão sendo apurados são: ameaça e perseguição (“stalking”).
Os suspeitos mandaram e-mails para os parentes do ministro por cerca de uma semana, detalhando a rotina deles.
A investigação começou em abril, depois que e-mails anônimos começaram a chegar ao STF. As mensagens diziam que usaram bombas e sabiam o itinerário da filha do ministro Alexandre de Moraes.
A segurança do STF foi acionada e ajudou a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF a fazer os levantamentos.
Além da prisão preventiva, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo.
Ameaças a Moraes
Não é a primeira vez que Moraes e família são hostilizados e ameaçados. Em julho do ano passado, Moraes e familiares teriam sido abordados e ofendidos por brasileiros que os encontraram no aeroporto de Roma, na Itália.
O filho do magistrado teria sido agredido com um tapa. Após analisar as provas, a PF concluiu, em março deste ano, que há “materialidade e autoria do crime de injúria” cometido pelo empresário Roberto Mantovani Filho contra Alexandre Barci, filho do ministro Alexandre de Moraes.
Relatório da polícia italiana, divulgado em outubro do ano passado, revelou que Mantovani teria encostado “levemente” nos óculos de Alexandre Barci.
Os investigados pelas agressões são Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanata Bignotto. Porém, a conclusão sobre o crime de injúria cabe apenas a Mantovani.
Dessa forma, a PF opinou pela responsabilização apenas de Roberto Mantovani Filho.
“Embora as filmagens do Aeroporto Internacional de Roma mostrem que houve uma discussão entre os envolvidos, e que a interação teve início a partir da manifestação de Andreia Munarão, tais elementos, diante da falta de registros sonoros, e da impossibilidade de realizar leitura labial, são insuficientes para atestar a materialidade do crime previsto no art. 140 do Código Penal por parte de Andreia Munarão e Alex Zanatta Bignotto”, diz o delegado de polícia federal Hiroshi Sakaki no relatório.