PGR denuncia mais 152 pessoas pelos atos golpistas de 8 de janeiro; total já chega a 653
A Procuradoria-Geral da República denunciou mais 152 pessoas por envolvimento nos atos golpistas que vandalizaram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Segundo a PGR, até a manhã deste sábado (4), 653 suspeitos já tinham sido denunciados à Justiça.
Denunciados foram presos após atos de vandalismo na área central de Brasília; maior parte segue detida. MP pede que, além da punição criminal, vândalos sejam condenados a indenizar o Estado.
Os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e estão presos em unidades do sistema prisional do Distrito Federal, após a audiência de custódia e a decretação das prisões preventivas.
Eles são acusados pelos crimes de:
- associação criminosa (um a três anos de prisão)
- incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais (três a seis meses)
A PGR pede que os crimes sejam considerados em separado – e que, com isso, as eventuais penas sejam somadas.
As denúncias são assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do grupo estratégico montado na PGR para lidar com os atos golpistas.
A PGR também pede, nessas ações, que os envolvidos sejam condenados a pagar uma indenização mínima “ao menos em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados”.
Desde os atos na Esplanada, a Polícia Federal deflagou quatro etapas da operação Lesa Pátria, com prisões e mandados de busca e apreensão contra outros suspeitos de integrar, estimular ou financiar as ações terroristas.